TEATRO

Terminus
Terminus
dia 8 de Maio pelas 21h30

Estaleiro Teatral


Sinopse
A noite parisiense de 12 de Fevereiro de 1894 foi varrida pelos ecos de uma explosão que partira desde um dos maiores cafés da época, o Terminus. Era a voz de Émile Henry, a sua dinamite. Cerca de três meses depois caminharia ele próprio pelas mesmas ruas que despertou, na direcção da sua morte. Seria guilhotinado em praça pública, depois de julgado pelos seus crimes. Poucos foram, de facto, os que viram cair a lâmina: muitos fugiam quando se ouviu o seu ruído. Sessenta quilos,um sistema social inteiro que caía, rasgando-lhe o queixo, sobre o pescoço de um adolescente. Os seus irmãos, homens irmãos, nas palavras de Émile Henry, chamaram-lhe o benjamim da anarquia. O que o tornou singular, apesar de tudo, não fora tanto a sua idade, ou o facto de se tratar de um intelectual - fora o de não ter escolhido alvos particulares para o seu atentado. Para Henry não existiam espectadores inocentes: um governo corrupto é sempre legitimado por um povo corrupto. Ficcionámos o último mês da sua vida, através da transcrição que sobra do seu julgamento e de alguns factos vagos.


Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt