SECRETARIO DE ESTADO DA AGRICULTURA NÃO QUER GUERRAS COM AGRICULTORES, "SABEMOS A IMPORTÂNCIA DO SECTOR PARA O PAÍS", GARANTIU.

O Secretario de Estado da Agricultura vincou esta tarde em Aveiro, na abertura da FRILAC, a ideia de que existem limitações orçamentais sérias, mas que existe uma consciência de que "a agricultura é um sector estratégico para a economia nacional".

Atento às preocupações manifestadas pelos produtores agrícolas e leiteiros presentes, em manifestação, à porta do Parque de Feiras de Aveiro, José Diogo Albuquerque disse que "o País atravessa uma situação económica sem precedentes, os desafios não são fáceis, temos um desafio orçamental para o futuro muito exigente e o esforço aplica-se a todos os sectores incluindo o sector agrícola", sublinhando que tem consciência que "o sector agrícola atravessa uma crise sem precedentes e sabe-se que os custos de produção, tem crescido muito mais do que os valores dos produtos agrícolas no acto da venda e isso comprime o rendimento", adiantando que "os custos aplicados na produção, são superiores em 25 por cento em termos comparativos com há uma década atrás e os preços do produto, na venda, são inferiores em 5 por cento, é uma realidade difícil mas o Governo está atento e reconhece a importância da agricultura nacional para o futuro", disse.

José Diogo Albuquerque reforçou ainda a "importância social" do sector leiteiro. O Ministério, referiu, "desempenhará um papel facilitador para potenciar o sector em Portugal".

"O sector leiteiro atingiu o seu auto-aprovisionamento, trás 700 milhões de euros anuais para a economia nacional, é um sector que produz e tem grande importância social e o Ministério terá um papel facilitador, essa é a nossa função, queremos um corte com o passado, não queremos relações de conflito e animosidade com os agricultores e teremos de veicular os apoios comunitários a tempo e horas e facilitar situações de desbloqueio para os agricultores", reforçando a ideia que "quando for possível fazer o adiantamento das ajudas, isso deve ser feito, não pagamos, apenas transferimos para o sector as ajudas comunitárias e estas, se puderem ser feitas adiantadamente, serão feitas", garantiu.


Diário de Aveiro


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