Depois de um recuo na construção do arruamento que iria atravessar o bairro do Alboi, após muita pressão pública,a Câmara de Aveiro não deverá atender reivindicação idêntica para suspender a nova ponte pedonal no canal central.

O grupo informal de cidadãos Amigos da Avenida e o PS têm posto em causa a localização do atravessamento entre o Rossio e o Alboi, uma das componentes do Parque da Sustentabilidade.

Élio Maia, presidente do município, garante que a empreitada é para avançar a curto prazo:“como em tudo que tem a ver com urbanismo é subjectivo. Há quem goste e há quem não goste. Nós, na posição que temos, temos de decidir, não podemos arrastar isso eternamente. A decisão que tomamos até agora é que não há motivo nenhum objectivo, até ao dia de hoje, para alterar aquele processo. As prioridades são sempre questionáveis, seja qual for a opção que se faça, agora nós temos de decidir”.

O presidente voltou a considerar ilegítimas as críticas ouvidas em relação às opções do executivo vindas da parte do movimento Amigos da Avenida, por formalmente não ter existência legal, garante que “quem está preocupado com isso, devia preocupar-se primeiro em legalizar a instituição em relação à qual fala. Falam em nome de uma instituição que não existe, não é formal. É fácil falar em nome de uma instituição: digo o que quero, quando quero, como quero, não tenho de dar satisfações a ninguém, não estou dependente de órgão nenhum, não tenho que subordinar a minha opinião a um grupo de pessoas do qual integro, utilizo indevidamente o nome de uma instituição”.

A ponte pedonal no canal central, da autoria do gabinete inglês de arquitectura Powell-Williams,  já tem visto do Tribunal de Contas, está orçada em meio milhão de euros e é financiada em 85 milhões de euros.

Diário de Aveiro