PS PROMETE USAR CONTRA A COLIGAÇÃO ARGUMENTOS QUE A DIREITA USOU CONTRA ALBERTO SOUTO.

O PS de Aveiro vai usar contra a maioria PSD-CDS críticas que a direita já tinha feito na ponta final dos dois mandatos de Alberto Souto. Orçamentos empolados por receitas só no papel, incapacidade de contenção de despesas, dívida incontrolada, investimentos questionáveis e até o mau estado dos arruamentos.

"Há alguns anos um partido fez uma campanha à volta da rota dos buracos. Se tivesse de fazer, agora, provavelmente, encontraria muitos mais, em ruas que não tinham", garantiu Eduardo Feio, líder da concelhia.

A discussão das Grandes Opções do Plano (GOP) e o Orçamento de 2012 na Assembleia Municipal vai embalar os socialistas para uma oposição mais intensa e "começar a fazer uma avaliação da prática da maioria" ao longo de dois mandatos.

"A realidade não é a realidade de planos, é a realidade concreta, os cidadãos querem menos palavras e mais acção", defendeu Eduardo Feio.

O PS pretende mostrar "o resultado do que é efectivamente feito", dando visibilidade ao trabalho interno dos últimos meses. "Para se perceber qual é a política real da maioria. As pessoas não vivem de intenções", justificou o ex-vereador para quem a Câmara "tem perdido oportunidades, deixou de se afirmar e revela incapacidade de atrair novos investimentos", além de dar prioridade a projecto "contra a população", nos casos do arruamento do Alboi e das pontes pedonais.

Os socialistas apontam dois "grandes falhanços" com o segundo mandato a entrar no terceiro ano. A implementação da Carta Educativa não avançou com a melhoria do parque escolar como era previsto, porque a maioria "tomou as opções erradas e já não vai recuperar o tempo perdido para dar escolas condignas".

Já a indefinição em torno da MoveAveiro, sem avanços na concessão, colocou "em risco" a garantia de transporte para todo o concelho. "Podemos perder um serviço que nos diferencia de outros concelhos, um serviço público que se deveria manter", reclamou Eduardo Feio.

O PS estranha ainda que o plano estratégico, que poderia fundamentar os planos de actividades, esteja ainda por aprovar.


Diário de Aveiro


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