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						 João Pedro Pais abre, no dia 12 de Junho, a 7.ª edição da Feira da Vinha e do Vinho de Anadia, que tem ainda como principais atractivos musicais, que irão subir ao palco 1 (Palco Anadia), os Taxi, Ez Special, DJ Fernando Alvim, Led On (Tributo a Led Zeppelin), Quim Barreiros, Santamaria e Rita Guerra. 
De 12 a 20 de Junho, a zona do Vale Santo, no centro da cidade, volta a receber mais uma edição do certame que arrancou em 2004. O orçamento para o presente ano ronda os 215 mil euros e os bilhetes diários custam 1,50 euros, enquanto que o bilhete geral não ultrapassa os 10 euros. 
“Preços muito pouco significativos” e entradas “quase simbólicas” para dar a conhecer, durante nove dias, o que o concelho de melhor tem para oferecer. 
A Câmara Municipal de Anadia, promotora do evento, acredita que a fasquia dos 100 mil visitantes, atingidos em 2009, poderá ser ultrapassada na presente edição. 
A apresentação do certame decorreu na última segunda-feira, não deixando o vereador Jorge Sampaio de sublinhar o facto deste ano a autarquia continuar a apostar na qualidade musical e cultural da programação, assim como pretender aumentar o número de produtores/engarrafadores presentes. 
Para já, a Câmara não revela o números de aderentes (prazo de inscrição só termina sexta-feira) mas o limite são 130 stands que, segundo o vereador, “estão quase esgotados”. 
Recorde-se que o certame criado pela Câmara de Anadia promove e divulga a gastronomia regional (com destaque para o Leitão à Bairrada), assim como dá a conhecer a vitivinicultura da Bairrada, com principal incidência sobre o espumante. Por outro lado, com a presença habitual dos stands das 15 Juntas de Freguesia, mostra o concelho de Anadia, as suas gentes e a cultura local. Tal como nas edições anteriores, as várias associações e colectividades locais vão dar um brilho especial ao evento, subindo ao palco 2 (Palco Bairrada). 
Isso mesmo foi sublinhado pelo autarca Litério Marques, para quem o certame funciona como se fossem “festas da cidade”. 
“Em Anadia não existem as festas da cidade e é do nosso entendimento que Anadia deverá ter algo semelhante, suportado pela autarquia, sem fins lucrativos mas promocionais”. 
O edil anadiense deixou ainda claro que seria uma “lacuna” não realizar este evento que já é conhecido em toda a região, mobilizando milhares de visitantes. 
Quanto à presente edição, reconhece que os 215 mil euros representam muito dinheiro, o que exigiu rigor orçamental, tendo, no entanto, o certame um programa muito aliciante e com novidades várias. 
Por outro lado, adiantou que as receitas da presente edição não revertem a favor do Fundo Social criando no ano transacto (na 6.ª edição da Feira) pela autarquia. 
“Têm havido poucas candidaturas e, de acordo com o regulamento aprovado, não tem sido fácil aplicar esse dinheiro”, explicou, deixando claro que ele será a seu tempo utilizado, “sem qualquer tipo de desvio, numa ajuda aos mais carenciados do concelho”. 
Situações de pobreza “envergonhada” e de famílias atingidas pela crise, mas que não pedem ajuda – por vergonha ou outra razão – levou a que apenas tenham surgido, até à data, meia dúzia de candidaturas. 
Catarina Cerca 
catarina@jb.pt 
 
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