ALTERAÇÃO AO PU DE ESPINHO PROVOCA POLÉMICA

A Associação Cívica de Espinho (ACIVE) veio a público acusar a Câmara Municipal de estar a preparar “uma profunda alteração do modelo de desenvolvimento urbano de Espinho”, ao suspender o Plano Geral de Urbanização (PGU) a um ano da entrada em vigor do novo Plano Director Municipal (PDM).
“O município é bem explícito quanto ao que pretende alterar no imediato: nada menos do que os usos do solo e a capacidade construtiva das zonas em causa”, vincou a associação, em declarações à Lusa.
Fez notar que, de acordo com o PDM, essas zonas estão “previstas para equipamentos desportivos, áreas de lazer ou edifícios públicos”, mas que, segundo os novos planos da autarquia, “passarão a destinar-se a habitação, comércio, serviços e unidades hoteleiras”.
A ACIVE acusou, ainda, a câmara de não ter promovido “uma prévia discussão pública sobre as referidas opções urbanísticas e o seu impacto na qualidade de vida de todos”.
Referiu, também, que as mudanças previstas abrangem 42 por cento do território do PGU – 258 hectares, considerando tratar-se de “uma área excessiva da cidade”.
Na resposta, Pinto Moreira disse à Lusa que a posição daquela entidade “só pode dever-se a distracção, ignorância ou a má-fé, já que entre Setembro e Outubro a autarquia realizou três sessões públicas nas juntas de freguesia de Anta, Silvalde e Espinho, que são as zonas afectadas pela suspensão”.


Diário de Aveiro


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