“NÃO TEMOS DINHEIRO PARA COMER”

José está desempregado e a mulher, doente, também não pode trabalhar. Moram numa casa muito modesta, sem electricidade, e, este mês, contam que já não lhes sobra nenhum dinheiro nem para comprarem uma botija de gás nem sequer para comerem.
O casal, residente no Pinheiro da Bemposta, Oliveira de Azeméis, de onde o homem é natural, está desesperado. “Como fiz uns biscates por estes dias, comprei alguns alimentos, mas já está tudo a acabar”, diz o homem, exasperado.
Cristina Silva, 39 anos, e o marido, José Carmo, de 49, conheceram-se através de um anúncio deixado pelo homem num jornal, apaixonaram-se e casaram pouco tempo depois. Juntos na doença e na tristeza, dizem que, hoje, para enfrentarem as dificuldades, apenas podem contar um com o outro, queixando-se da falta de apoios.
“Não temos luz em casa e, agora, acabou o gás. Vivemos os dois da minha pensão de invalidez, que não chega para nada porque grande parte do dinheiro vai para os meus medicamentos”, explica Cristina, bastante debilitada e desfigurada pelas doenças de que sofre.


Diário de Aveiro


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