Diário de Aveiro: No que respeita à programação para o Museu Marítimo, que novidades traz 2014?
Álvaro Garrido: Muitas e boas. A linha da programação privilegia o reforço das ligações com a comunidade local, nomeadamente através da Associação dos Amigos do Museu; a construção de parcerias institucionais adequadas; uma participação muito dinâmica no actual movimento de reenlace de Portugal com o mar. Destaco uma grande e belíssima exposição em 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, em parceria com a Administração do Porto de Lisboa. Também aqui se abre uma cooperação institucional que se pretende aprofundar. Haverá, também, uma programação original e festiva para a data de aniversário da fundação do Museu, a 8 de Agosto: um especialíssimo Dia Nacional do Mar, a 16 de Novembro. A título de antecipação e curiosidade, podemos anunciar que o Museu vai criar a 1.002.ª maneira de cozinhar bacalhau em Portugal...
Está prevista alguma alteração em termos de horários, preços, equipa?
Apenas a boa novidade de o primeiro sábado de cada mês ser Dia Aberto, com entradas gratuitas, no horário de Inverno do Museu, de Outubro a Fevereiro. Em termos de divulgação, o Museu aderiu às novas formas de comunicação virtual e pode ser “visitado” e acompanhado, também, através do Facebook: www.facebook.com/museumaritimoilhavo.
Algum projecto futuro que possa antecipar e que o entusiasme em particular?
Vários, mas antecipo a ideia de uma exposição que há muito imaginámos e que concretizaremos em 2015: Terra Nova. O resto ainda é segredo.
Considerando o aniversário do Aquário de Bacalhaus (celebrado ontem)... Que balanço faz deste primeiro ano?
Um balanço altamente positivo. O Aquário de Bacalhaus, inaugurado a 13 de Janeiro de 2013, trouxe ao Museu Marítimo de Ílhavo uma dimensão inovadora, surpreendeu o público e as próprias instituições. E acrescentou à identidade patrimonial do Museu a vertente do património biológico dos Oceanos. Do ponto de vista cultural, o facto de ser possível ver, a título permanente, uma exposição sobre o bacalhau do atlântico é uma raridade, mesmo a nível europeu. Além do mais, o Aquário foi especialmente bem integrado no Museu e essa articulação valoriza o Museu no seu todo, em particular o património da pesca do bacalhau, que adquire uma dimensão mais ampla e também científica e educativa.
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