PAÍS: AHRESP TEME QUE “FATURA DA SORTE” PROVOQUE ATROFIAMENTO DA ECONOMIA.

A AHRESP considera “inadmissível” a carga burocrática que decorre da obrigatoriedade de emitir fatura e diz que deveria haver limites mínimos. Apesar de saudar a iniciativa do Governo quanto ao sorteio “Fatura da Sorte”, que no fundo é mais uma medida no combate à concorrência desleal, à economia paralela e à evasão fiscal, os empresários da restauração consideram que se vai assistir ao “atrofiamento da Economia pela Fiscalidade”.

“A imposição burocrática de introduzir, em cada fatura, o nome e o NIF – Número de Identificação Fiscal de cada cliente, sujeito não passivo, retira, em média, um minuto à produtividade das nossas empresas, o que significa que em 2013, ano em que não houve sorteio, a emissão de mais de 36 milhões de faturas com NIF só no setor da restauração, retirou mais de 600 mil horas à produtividade das nossas empresas, e mais de 26 milhões de horas à produtividade de toda a economia portuguesa”, salientam os estabelecimentos que dizem ser “impossível digitalizar os 9 dígitos de cada NIF, em cada fatura dos 60 cêntimos do café, ou de um jornal, ou de um estacionamento, ou de uma portagem, em que tudo fica dependente da habilidade digital do trabalhador”.

Admitem, mesmo, que em 2014, a quebra de produtividade possa significar algo como 130 milhões de horas de trabalho produtivo, retirados diretamente à economia de Portugal.


Diário de Aveiro


Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt