AVEIRO: CONFIRMADA CLASSIFICAÇÃO DE IMÓVEIS NA AVENIDA DR. LOURENÇO PEIXINHO.

Confirmada a classificação de imóveis na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, entre os números 64 e 88, como conjunto de interesse público. Essa classificação foi publicada em Diário da República e envolve edifícios considerados históricos. A ADERAV, que tomou a iniciativa de avançar com o pedido, espera que “seja um motor para a salvaguarda e valorização de outros edifícios ou conjuntos arquitectónicos neste arruamento da cidade ou mesmo noutros locais da região”.

Um processo que já leva 17 anos. No dia 15 de Outubro de 1997 foi proposta a classificação do edifício da Pastelaria Avenida e no dia 16 de Outubro do mesmo ano, a classificação dos edifícios da Ourivesaria Matias e Casa Paris. Á semelhança da classificação de uma casa ao estilo Arte Nova, publicada no DR de 30 de Dezembro de 2013, também este pedido de classificação foi efetuado pela ADERAV ao então IPAAR (Instituto Português do Património Arquitetónico e Arqueológico).

Num processo historiado pela ADERAV, a Direção Regional de Cultura acabou por agrupar os 3 edifícios e propôs a 23 de Outubro de 1997 a abertura do processo de classificação do Conjunto. No dia 4 de Fevereiro de 1998 sai o despacho de abertura do processo pelo Vice-Presidente do IPPAR. No dia 22 de Novembro de 1999 o Conselho Consultivo do IPPAR propõe a classificação como Imóvel de Interesse Público. A 7 de Maio de 2003 o mesmo Conselho emite novo parecer e no dia 26 desse mês o Ministro da Cultura assina o despacho de homologação. Entretanto, somente no dia 21 de Janeiro de 2014, o Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, assina a portaria que ontem foi publicada.

“A ADERAV congratula-se pela publicação formal da proteção de mais este conjunto arquitetónico, que, esperamos, se converta num mecanismo de proteção e valorização do bem e da sua zona envolvente. Esperamos que esta classificação deste conjunto edificado, possa valorizar o espaço nobre que a Avenida já foi e que desejamos volte a ser na vida económica, social e cultural da cidade de Aveiro”.

A Associação que trabalha na defesa do património espera que a classificação “se verta também em ferramentas para a preservação, valorização e reabilitação destes edifícios mantendo a sua integridade e originalidade, tanto por parte dos particulares como das instituições públicas com a tutela do património”.


Diário de Aveiro


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