AUTARQUIA EXIGE VISTORIA A DEPÓSITOS DO IVV

Mealhada Autarquia exige vistoria a depósitos do IVV A Câmara da Mealhada anunciou ontem que apresentou queixa na Inspecção-Geral do Ambiente, com base numa vistoria que aconselhou o eventual encerramento de depósitos locais do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) por representarem perigo de explosão. «Só a Inspecção-Geral do Ambiente tem poderes para fechar os depósitos«, disse o presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral, justificando a queixa baseada numa vistoria feita pelos bombeiros e outras entidades locais que concluiu pela «elevada perigosidade« dos depósitos, onde se encontram 2.795 metros cúbicos de álcool a 95 graus. «Não encontro nada na lei que me permita determinar o fecho dos depósitos, nem mesmo na minha qualidade de presidente da Protecção Civil Concelhia, se não já o teria feito, face às conclusões da inspecção que promovemos«, assegurou o autarca. Num relatório de oito páginas a que Agência Lusa teve acesso, a inspecção local detectou, entre outras falhas, inexistência de extintores, ausência de vigilância nocturna, vedações irregulares e semi-destruídas. Nas conclusões do documento escreve-se que os 2.795 metros cúbicos de álcool etílico estão armazenados «sem quaisquer medidas cautelares de segurança e em desrespeito com as disposições regulamentares« de um decreto de 1947 e das próprias normas de armazenagem definidas por despacho do IVV. A queixa da Câmara da Mealhada deu entrada quinta- feira na Inspecção-Geral do Ambiente e está a ser analisada pelos seus serviços jurídicos, disse uma fonte do organismo. Na origem das posições de Carlos Cabral está uma manifestação de habitantes da Mealhada, a 16 de Maio, que impediram a trasfega de mais 500.000 litros de álcool para os depósitos dada a possibilidade de uma explosão causar avultados danos numa zona densamente povoada e onde existe uma escola do ensino básico. Lusa (25 Mai / 11:37)
Diário de Aveiro


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