ASSEMBLEIA MUNICIPAL DEBATE DÉFICE AUTÁRQUICO E PCP OUVE CREDORES

Aveiro Assembleia Municipal debate défice autárquico e PCP ouve credores A Assembleia Municipal de Aveiro debate dia 19 o défice camarário de 15 milhões de euros (três milhões de contos) e um plano de contenção de despesas apresentado pelo executivo socialista, informou hoje a autarquia. A realização desta sessão foi espoletada pelo PCP, que acusou o executivo socialista de «decidir tudo ignorando a Assembleia Municipal«. «Já tínhamos tudo preparado para forçar a realização desta sessão, através de um requerimento subscrito por toda a oposição, mas o presidente da Assembleia, Carlos Candal, compreendeu as nossas razões e decidiu ele próprio convocar a Assembleia Municipal«, explicou o eleito comunista António Salavessa. O deputado municipal do PCP avançou, entretanto, que o seu partido vai encontrar-se, dois dias antes da reunião da Assembleia Municipal, com os credores da autarquia no sentido de serem discutidas propostas a apresentar à Câmara. «De onde menos se espera, às vezes aparecem soluções interessantes«, justificou António Salavessa. O PCP lamenta que os credores camarários estejam a receber pagamentos com muitos meses de atraso e avisou que, no caso do associativismo, a situação agrava-se porque o plano de contenção de despesas prevê cortes nos apoios até 50 por cento das verbas habituais. «Essa redução representará, na maioria dos casos, um golpe fatal na actividade das instituições«, assegurou António Salavessa. O plano de contenção de despesas da Câmara de Aveiro foi apresentado a 28 de Maio, permitindo poupar, segundo o presidente Alberto Souto de Miranda (PS), 2,5 milhões de euros (500 mil contos) em despesas correntes e aumentar as receitas correntes em igual valor. Permite, ainda, poupar até 10 milhões de euros (dois milhões de contos) em despesas de investimento, explicou o autarca. Cortes e supressões nos apoios ao associativismo, a desistência da organização de uma fase do próximo campeonato mundial de Andebol, renegociação dos empréstimos para habitação, adiamento de obras não comparticipadas e redução de défice nos transportes públicas municipais (STUA e Transria) constam do pacote para redução de despesas. Para aumentar receitas, a Câmara prevê a actualização de diversas taxas e tarifas. O PCP, que anteriormente sugerira um empréstimo de longo prazo para equilibrar as finanças municipais, classificou o plano do executivo socialista como uma cópia do «mau exemplo« do poder central, fazendo repercutir as consequências do seu «desatino financeiro« na bolsa dos munícipes e nos cofres do associativismo. Lusa (11 Jun / 14:51)
Diário de Aveiro


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