DEFESA QUER OUVIR COLABORADORES DA PJ

Mealhada Defesa quer ouvir colaboradores da PJ no caso dos 808 quilos de haxixe A defesa de quatro arguidos num julgamento envolvendo o tráfico de 808 quilos de haxixe, que está a ser repetido na Mealhada, insistiu hoje em ouvir dois alegados agentes infiltrados ou provocadores da Polícia Judiciária (PJ). «Só prescindimos de os ouvir se o Tribunal considerar que é impossível localizá-los«, disse um dos advogados, reportando-se a dois supostos personagens da operação, Jorge L. e Vítor F., que teriam antecedentes ligações ao tráfico de droga e que teriam «preparado o terreno« para a alegada cilada aos arguidos neste processo. O juiz-presidente só esta tarde comunicará à defesa se o Tribunal consegue localizar as testemunhas requeridas e se determina, ou não, a suspensão da audiência para prosseguir diligências no sentido de assegurar a presença de Jorge L. e Vítor F. em tribunal. Um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, a cujo texto a Agência Lusa teve acesso, dá como provado que Vítor F., após ter sido condenado a uma pena com execução suspensa, «passou a colaborar com a PJ« porque «tinha conhecimentos ligados a indivíduos pertencentes a redes espanholas que se dedicam ao tráfico de droga«. No texto do acórdão nunca é referido, porém, se teria agido como agente provocador - o que é ilegal - ou infiltrado e, neste caso, se as suas acções seriam controladas pelo Ministério Público, como é exigível. Este processo agora em julgamento na Mealhada já fora sentenciado na comarca de Coimbra a 28 de Novembro de 2000, mas uma instância superior determinou a repetição do julgamento. Um ex-agente da PJ, de Ermesinde (Valongo), um comerciante de Penafiel, um industrial e um pedreiro reformado, ambos de Montalegre, são acusados pelo Ministério Público de envolvimento em tráfico de droga destinada ao mercado interno e outros países da União Europeia. A acusação surge na sequência da apreensão em Ceira, Coimbra, de uma carrinha com 28 fardos de haxixe (808 quilos). A viatura, conduzida pelo pedreiro reformado, provinha de Torres Vedras e seguia para Chaves. Lusa (5 Jul / 14:29)
Diário de Aveiro


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