O PCP faz balanço ao arranque do ano escolar em Vagos e diz que o encerramento de escolas trouxe novidades quanto aos novos edifícios escolares.
Ponte de Vagos, Sanchequias, Gafanha, Covão do Lobo, Santa Catarina, Lavandeira entre outras perderam escolas nos últimos anos enquanto surgiram novos Centros Escolares na Gafanha da Boa Hora (cerca de 90 alunos) e de Fronte de Angeão (cerca de 230 alunos provenientes das antigas escolas primárias e jardins-de-infância de Ponte de Vagos, Santa Catarina, Covão do Lobo e Fonte Angeão).
Em nota divulgada esta terça-feira, o PCP lembra que o último a abrir foi o Centro Escolar de Fonte de Angeão (20 de outubro de 2014), “devido ao taco do piso ter levantado, causa do excesso da humidade acumulada (edifício construído abaixo do nível freático, junto a uma vala, onde em tempos seriam campos de arroz)”. Problemas de humidade e o agravamento da conta de energia são aspetos que o PCP aponta como negativos incluindo a colocação de quadros interactivos “junto às janelas, cuja claridade dificulta a visualização dos alunos”.
“Corredores, salas de aula (1.º ciclo) e mesmo o espaço para manuseamento de tintas e água (área suja) o chão está revestido a taco de madeira, o que dificulta o trabalho de limpeza às escassas funcionárias lá colocadas. Não existe porteiro e até as campainhas tardam em ser colocadas. A prometida biblioteca escolar em rede está transformada num depósito de cadeiras. Quanto às duas salas de informática existentes no novo centro escolar de Fonte de Angeão, uma está adaptada a sala de aula, a outra é simultaneamente o gabinete do Serviço de Psicologia e tem 8 computadores, que nem sequer são suficientes para dois alunos por computador. Degradaram-se as condições de trabalho da Equipa de Ensino Especial, tal como o apoio às crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE)”.
O PCP admite que uma parte dos problemas pode ser resolvida mas considera que o alargamento do ensino de 1º ciclo a vários professores acaba como a monodocência e “impede que o professor tenha a visão global do aluno”. Critica ainda o modelo aplicado nas AEC, “onde os alunos são encafuados e martirizados dentro das salas de aula com atividades ditas lúdicas (exceto as atividades desportivas o serão) até às 17h 30m, ocorrendo ainda, noutros Agrupamentos de Escolas do país, a interrupção das aulas, para que as AEC possam funcionar (felizmente, em Vagos, tal não sucede)”. Diário de Aveiro |