CÂMARA PROCURA
APOIO PARA FINANCIAR
MARCAS HISTÓRICAS

A Câmara de Aveiro está “sensível” às marcas de fósseis de animais e vegetais deixadas há 65 a 70 milhões de anos no barreiro, junto ao Centro Cultural e de Congressos e procura “oportunidades de investimento que valorizem o sítio e apresente o valor da história que existe”, disse ontem ao Diário de Aveiro o líder da autarquia Ribau Esteves.
O?assunto voltou ao debate , através do geólogo Galopim de Carvalho e da Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro (ADERAV). Esta associação reuniu recentemente com Ribau Esteves, e o autarca tomou conhecimento de “uma ideia, um pré-projecto” e tem “consciência dos factos em causa”. Uma posição diferente de Galopim de Carvalho, que esta semana escreveu na sua conta na rede social Facebook: “Não me surpreende o desinteresse dos nossos autarcas (e dos políticos, em geral) pelo património geológico. Isso acontece porque, via de regra, pura e simplesmente, estes governantes ignoram o significado e o valor científico, pedagógico e cultural subjacente a este tipo de ocorrências”.

Mas não será de outra forma senão com uma oportunidade de investimento que a Câmara avançará com um projecto naquela zona, que hoje é uma parede e um lago formado no buraco onde se explorou a argila que alimentou a antiga fábrica Jerónimo Pereira Campos. Ribau Esteves está disposto a “dar um arranjo, qualidade e tirar proveito” das marcas históricas deixadas. A zona “tem um valor e temos que dar a conhecer”, segundo Ribau Esteves.


Diário de Aveiro


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