CENTENAS DE CEPAS QUEIMADAS COM HERBICIDA

Foram queimadas com herbicida (veneno utilizado para queimar ervas daninhas) pelo menos 390 cepas, com cerca de 5 anos e que fazem parte de uma extensa área de vinha,na zona da Caneira de Vila Verde, em Oliveira do Bairro, causando prejuízos na ordem dos 10 mil euros.

Henrique Ferreira,proprietário do extenso vinhedo, disse ao JB que mal confirmou que as cepas estavam a secar devido à utilização indevida de herbicida, apresentou queixa na GNR, desconhecendo o dia em que “o acto criminoso foi levado a efeito”.

O proprietário afirma que já pediu o apoio da Estação Vitivinícola de Anadia que vai encaminhar este problema para a Direcção Geral de Protecção da Agricultura para que seja identificado o tipo de herbicida utilizado.

Perante semelhante estrago, diz não imaginar quem tenha feito a malvadez, sublinhando, no entanto, que vai tentar descobrir quem queimou as cinco carreiras de videiras que agora estão a secar lentamente.

Henrique Ferreira reforça que está em causa o trabalho de cinco anos, e que vai ter que esperar outros tantos para que as videiras comecem a produzir.

“Trato desta vinha nas minhas horas livres. É um escape que tenho e agora fico completamente desolado. Não há justificação para que se faça uma coisa destas. É como matar um animal. As plantas são seres vivos”, desabafa Henrique Ferreira.

Ao proprietário só lhe resta cortar as videiras e plantar novas, e esperar que ninguém se atreva a repetir o acto.

Recorde-se que, no passado dia 25 de Abril, um pomar de kiwis, em Malhapão, Oliveira do Bairro, também foi alvo de um acto de vandalismo.

A partir do exterior do pomar, alguém utilizou uma máquina de pulverizar e atingiu cerca de 20 pés de kiwis.

Sandra Rodrigues, engenheira da cooperativa de kiwis - kiwicoop, responsável pelos vários pomares de kiwis da região da Bairrada, já fez as contas aos estragos e referiu que cada pé produz uma média de 50 quilos, o que, multiplicado por 20, dará 1000 quilos.

Segundo esta responsável, “o proprietário da quinta, este ano, teve um prejuízo garantido de 620 euros e terá de esperar mais dez anos para obter plantas iguais e prontas a produzir”.
Diário de Aveiro



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