Orçada em cerca de 896 mil euros, a recuperação daquele imóvel, considerado um dos melhores exemplares da corrente estética de Arte Nova, é uma obra considerada "complexa", devido aos problemas estruturais do edifício e ao estado de ruína.

"Aveiro é já hoje a capital nacional de Arte Nova e uma das mais importantes cidades europeias daquele estilo", afirmou Pedro Silva, justificando o investimento da autarquia na recuperação da Casa Major Pessoa e transformação em museu.

Assinalando a reabilitação do edifício, a Câmara de Aveiro lançou hoje um roteiro da arquitectura Arte Nova na cidade, com referência aos edifícios que restam projectados por Silva Rocha, Ernesto Korrodi, Inácio santos, Licínio Pinto e Francisco Pereira, entre outros.

Paralelamente, até 31 de Outubro, vão estar patentes exposições dedicadas àquela corrente estética, no Largo do Rossio, que abarcam expressões diversas como a azulejaria, o grafismo, a publicidade e a arquitectura.

Durante a reconstrução vão ainda ser proporcionadas visitas guiadas aos trabalhos, "para haver noção da delicadeza da intervenção que vai ser feita".

A criação do Museu de Arte Nova insere-se na aposta da autarquia na diversificação museológica, que vai implicar também a dinamização do Museu da República Arlindo Vicente, explorando a vertente da educação para a cidadania.

Uma das novidades do programa do Museu da República, que vai ser apresentado em Junho, é a criação de um espaço "parlamentar" em que os estudantes poderão fazer vários exercícios de intervenção política, segundo avançou hoje o vereador da Cultura.
Diário de Aveiro