Os crimes violentos em Portugal aumentaram 32 por cento no ano passado face ao ano anterior, segundo dados da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) entregues terça-feira ao ministro da Justiça e divulgados hoje pela imprensa. Entram na categoria de crimes violentos os assaltos a bancos, a carrinhas de valores, casas de câmbios e estações dos CTT, geralmente praticados com recurso a armas de fogo de calibres proibidos e por grupos fortemente preparados para exercer força física. De acordo com o Público e o Diário de Notícias, a maioria dos suspeitos da autoria dos crimes tem nacionalidade estrangeira, sendo que a maior parte dos detidos devido a assaltos a bancos e casas de câmbio são brasileiros. "Muitos destes casos são praticados por cidadãos que não têm existência legal em Portugal ou por estarem ilegais ou por abandonarem o país logo após a prática do crime", disse ao DN o director da DCCB, Teófilo Santiago. Nos crimes da exclusiva competência da DCCB - raptos, sequestros, assaltos com armas de fogo (mas com menor nível de violência), extorsão e escravidão - os números apontam para um aumento global de 1,8 por cento em relação a 2004. De acordo com a DCCB foi em Lisboa e no Porto onde ocorreram a maior parte destes tipos de crimes. No caso específico dos raptos e sequestros, a DCCB registou uma diminuição de 29 por cento em 2005 face a 2004, referem os jornais Público e Diário de Notícias. Apesar destes dados, registou-se em 2005 um aumento da taxa de resolução de casos por parte da Polícia Judiciária, que em 2004 solucionou 42,1 por cento dos 147 crimes daquele género enquanto em 2005 foram esclarecidos 52,2 por cento dos 217 crimes verificados.Diário de Aveiro |