O Grupo Ramos Catarino, de Cantanhede, inaugurou, na penúltima terça-feira, dia 10 de Janeiro, a 18º actividade do grupo, materializada na abertura de um Garden Center, resultado de um investimento de cerca de 200 mil euros, que fica localizado na EN-234-1 (Cantanhede / Mira). O novo espaço está enquadrado em dois fornos de cal que foram recuperados. Um significado especial A abertura deste espaço surge na sequência da existência da empresa “Espaços Verdes” (Santos & Santos também detentora do Garden Center) que está vocacionada para a concepção de espaços verdes, ao executar projectos na área do paisagismo. A mesma empresa efectua serviços de repovoamento florestal e é detentora de viveiros próprios de produção de plantas autóctones e plantas adaptadas ao clima e à região. Victor Catarino, responsável pelo Grupo Catarino, afirmou que a abertura do Garden Center tem um significado especial, uma vez que assinala a “reentrada do meu irmão Jorge Catarino (foi presidente até agora da Câmara de Cantanhede) no Grupo que tem, actualmente, 13 empresas”. “É um Grupo onde trabalha gente laboriosa, onde pretendemos traduzir valores de honra, palavra, ética e profissionalismo. Não queremos ser o melhor grupo, mas sempre o melhor”, referiu Victor Catarino. Reforço na equipa Na presença dos pais, Victor Catarino agradeceu a ajuda que estes têm dado, sublinhando que a entrada do seu irmão é um reforço no sentido de gerir as 18 “modalidades” que o grupo tem”. Enquadrados no Garden Center, foram recuperados dois fornos de cal. O restauro preservou toda a construção antiga, introduzindo apenas os elementos novos necessários à consolidação do conjunto construído. Victor Catarino recordou que, simbolicamente, “a actividade mais recente do Grupo Ramos Catarino é instalada, enquadrando uma construção idêntica à que esteve na sua géneses, homenageando o fundador e preservando a memória de um tempo em que superar as dificuldades exigia toda a entrega, todo o empenhamento e sacrifício”. Victor Catarino referiu ainda que o seu pai, Manuel dos Santos - presente na inauguração, aliás, como a sua mãe e os trabalhadores da empresa Espaço Verde - quando tinha 32 anos, instalou em Febres uma unidade industrial de fabrico de cal em fornos próprios. Seis anos mais tarde, iniciava outra actividade industrial, esta de serração de madeiras que também estava ligada aos fornos, uma vez que fornecia aparas de árvores, casca de pinheiro e serrim e outros subprodutos que eram consumidos no fogo. A primeira indústria, inicialmente, com dois fornos, correspondia às necessidades da construção. Tarefas divididas Entretanto, Jorge Catarino afirmava que “as tarefas vão ser divididas e estão perfeitamente definidas”, anunciado a possibilidade da abertura de outros espaços similares no país. Assim, como anunciou ainda que a empresa “Santos & Santos” pretende lançar no mercado um composto orgânico certificado e ainda casca de pinheiro. Por último, Jorge Catarino recordou o simbolismo que a abertura tem, sublinhando que tudo começou com a actividade dos fornos de cal e que “o restauro desta antiga indústria é uma “obrigação” social da próprio Grupo Catarino”.Diário de Aveiro |