PÃO GIGANTE COM 1.211,6 METROS

Depois do êxito suscitado em 2005, com a confecção do maior pão com chouriço do mundo, cuja certificação acabou por ser inscrita no livro do «Guinness World Records», a Câmara Municipal de Vagos vai de novo organizar um concurso de escultura em massa pão.

“Dinamizar a arte e o saber fazer”

Integrado na «Bienal do Pão», que celebra a Festa dos Padeiros e do Pão, a iniciativa destina-se a premiar o bom desempenho dos profissionais do sector da panificação e pastelaria, e a promover as profissões que lhe estão associadas. «Queremos, acima de tudo, afirmar, promover e dinamizar a arte e o saber fazer», disse fonte ligada à realização do evento.

Para além da autarquia, fazem também parte da organização o Núcleo Empresarial de Vagos (NEVA), e uma empresa da indústria de panificação e pastelaria, Ferneto Ldª. Responsáveis pela pré selecção dos concorrentes, e acompanhamento logístico dos mesmos, serão estas entidades que vão escolher o júri, que integra, entre outros, um representante do Governo Civil e uma personalidade ligada à panificação e pastelaria.

Aprovado em reunião camarária, o regulamento do concurso, aberto a empresas, escolas e entidades e organizações ligadas ao sector, compreende uma mostra pública dos trabalhos seleccionados, que decorre entre os dias 12 e 15 de Julho, no Largo do Município.

Com tema livre, cada concorrente apenas pode submeter a concurso um único trabalho, inédito, passando as obras premiadas a constituir propriedade da autarquia. Aos três melhores autores serão distribuídos prémios pecuniários, no valor de dois mil e quinhentos, mil e quinhentos euros, respectivamente.

Pão gigante com 1.211,6 metros

De referir que, em 2005, o certame, patrocinado pela Câmara de Vagos, decorreu na via ciclável, que liga a Zona Industrial à praia da Vagueira, onde foi confeccionado um pão «gigante», exactamente com 1.211,6 metros de comprimento. Um «recorde» que levou três dias e cerca de sessenta horas a construir, tendo superado a marca apresentada (974,24 metros), por uma confeitaria da cidade de Viseu.

Oriundos de todo o país, cerca de quatrocentos padeiros marcaram o ponto na tenda, onde estava montado o forno eléctrico, tipo anelar, com dez metros de comprimento. Contudo, apenas uma centena de profissionais ligados ao sector da panificação seria autorizada a «meter as mãos na massa», onde foram gastas cinco toneladas de farinha, 125 quilos de sal e 250 de fermento. Para além de 3.125 litros de água e 2.750 quilos de chouriço.

No decurso do certame, que chamou ao local milhares de pessoas, ficou decidido entre os presentes, lançar o «Dia Nacional do Padeiro», no segundo fim-de-semana de Julho. Uma forma de homenagear a tradição da pastelaria vaguense, que se «estende um pouco por todo o país e pelo mundo», referiu, na altura, Rui Cruz, presidente da Câmara de Vagos.

Eduardo Jaques
Diário de Aveiro



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