AGRICULTOR ARGUMENTA QUE TRACTOR NUNCA SAIU DE CASA

Ilídio Martins, de Malhapão, nem queria acreditar quando recebeu a primeira notificação da Brisa para pagar 12,80 euros por ter passado, imagine-se, com o seu pequeno tractor na Via Verde da portagem da A9, em Queluz. Logo de seguida recebeu mais duas notificações para pagar 30 cêntimos e 22,10 euros, também por ter circulado na Via Verde da mesma auto-estrada, em Queluz.

De acordo com as notificações da Brisa, o seu tractor - que já tem 20 anos e que apenas sai de casa para as vinhas e nada mais, até porque é expressamente proibido circular em auto-estradas - passou pelos acessos da Via Verde, durante a madrugada dos dias 21 de Janeiro de 2007 e 29 de Junho de 2008.

Ilídio Martins diz não entender como é que num país "tão tecnológico" não se cruzam dados para verificar a correspondência das matrículas aos respectivos veículos. Teriam detectado de imediato que alguém andava a circular com uma matrícula falsa".

Ilídio Martins Pereira afirma que nunca na vida foi cliente da Via Verde e que vai esperar por um pedido de desculpas da Brisa. No mínimo é o que me podem fazer, já que toda está situação tem causado grandes transtornos".

Conta ainda que esteve emigrado na Venezuela, que "dizem ser um país terceiro mundista, mas agora sei que Portugal é que é do terceiro mundo", desabafa o condutor do tractor vinhateiro.

JB não conseguiu ouvir a Brisa.
Diário de Aveiro



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