Dentro de uma caixa habitam muitos homens e mulheres perdidos na nossa cidade. Quando passamos por eles sentimos, por vezes, uma sensação de repugnância e medo. São excluídos. Vivem num outro
lugar que não o nosso.
No mundo da arte, se depararmos com uma mulher ou homem nessa mesma situação, sentiremos vontade de partilhar um momento de intimidade? Continuaremos a pensar e a reflectir sobre como a sociedade e o mundo onde vivemos se organiza?
Temos construído pequenos dispositivos teatrais que por breves minutos afastam o público do seu quotidiano e convidam-no a mergulhar no espaço da sua própria existência. Que limite para o nosso espaço e para o espaço do público? Que limite para as sensações da nossa pele? O movimento nesta performance é o encontro entre corpos estranhos por breves momentos.