O caso dos alegados subornos a militares da GNR vai estar em Julgamento em Estarreja. O Ministério Público defende a tese de um esquema no distrito de Aveiro que procurava contrapartidas por infracções junto de empresários. Está agendado para esta manhã, no tribunal de Estarreja, o julgamento de 13 arguidos no processo dos alegados subornos de empresários a militares da GNR.

O Ministério Público imputa a autoria do esquema a dois guardas que prestavam serviço no sub-destacamento de trânsito de Santa Maria da Feira, sendo que na lista dos acusados figura ainda um terceiro GNR. O principal arguido, um cabo, vai responder, em co-autoria com um soldado por corrupção, abuso de poder e prevaricação.

Os guardas actuavam em patrulha nas auto-estradas ou acessos na região. Entre 2006 e Outubro de 2009, abordaram motoristas de pesados de mercadorias onde detectavam infracções, solicitando contacto dos patrões a quem exigiam contrapartidas para não aplicar as respectivas multas.

Resultaria desta prática ilícita não só a entrega de quantias em dinheiro, mas também pagamentos de almoços e abastecimentos gratuitos de gasóleo.

Entre os restantes arguidos acusados de corrupção activa aparecem empresários e firmas dos distritos do Porto, Aveiro e Coimbra.