O PS assume o legado de Alberto Souto e reconhece que a herança era pesada mas que a maioria já tinha conhecimento sobre essa realidade quando assumiu o primeiro mandato. Gonçalo Fonseca aproveitou o debate sobre os balanços ao mandato feitos nas últimas semanas por PS e PSD para assumir que houve gasto excessivo mas sabendo-se onde foi aplicado o dinheiro. “Ninguém tem dúvidas onde está o valor gasto. Podemos discutir tudo. E são todas discutíveis, umas mais que outras. É verdade que se gastou acima do que se pode pagar? É verdade. É verdade que se passou parte da dívida para as próximas gerações? É verdade. Mas nunca o PS disse o contrário”, assumia Gonçalo Fonseca no programa “Canal Central”.

João Carlos Valente, do PSD, considerou histórica a declaração de Gonçalo Fonseca por ter assumido a herança deixada por Alberto Souto. “Finalmente a dizer que deixou grande dívida para o futuro. É o que o PSD anda a dizer há anos. É uma pena que nos mandatos do PS se fizessem gramas e o preço por quilo tenha sido elevado”, responde João Carlos Valente.

João Dias, do BE, diz que PS e PSD acusam-se mutuamente mas no fundo seguem linhas idênticas. O representante do BE no programa Canal Central diz que Alberto Souto ficou conhecido pela engenharia financeira e actual maioria pelas “obras de fachada”. “As pontes é para dizer que marcaram a paisagem de Aveiro. Este tipo de política é que nos leva à situação financeira actual. São investimento de cariz eleitoralistas e não estruturais”, conclui João Dias em debate na última edição do programa “Canal Central”.