O julgamento do processo de corrupção e outros crimes económicos Face Oculta retomou os trabalhos esta manhã, três semanas depois da última audiência devido a baixa médica de uma das juízas do colectivo.

A magistrada Liliana Carvalho compareceu no tribunal de Aveiro, na véspera das férias judiciais de Natal, com termo de responsabilidade e contra conselho médico, ausentando-se de um estabelecimento hospitalar onde recuperava de intervenção cirurgica recente. A realização da audiência de hoje, reduzida ao período da manhã, permitiu cumprir o preceito legal da produção de prova não ter um interregno superior a trinta dias.

Pelo mesmo motivo, a juíza irá também comparecer durante a tarde no tribunal de Ovar, para presidir a outro colectivo com julgamento entre mãos que corria, também, o risco de ser anulado.

Atendendo à necessidade de assegurar à magistrada em causa o máximo de tempo de convalescença por exigência médica, o juiz presidente Raul Cordeiro agendou a próxima audiência do Face Oculta apenas para a manhã de 19 de Janeiro, um dia antes do limite de 30 dias. A continuação do julgamento ficará, a partir daquela data, condicionada ao estado de saúde da juíza asa.

“Conseguiu fugir hoje do hospital mas não pode estar muito tempo, senão os médicos vêm buscá-la. Não é nada de grave, que possa ficar incapacitada na função, mas no imeditado não está em condições de trabalhar”, explicou o juiz presidente Raul Cordeiro.

O tribunal retomou os trabalhos com a continuação da audição da segunda testemunha arrolada pela acusação, o inspector da PJ Rui Carvalho, que coordenou a investigação.