“Luminaris”, do argentino Juan Pablo Zaramella, arrebatou a “Lousa de Ouro”, conquistando, assim, a 10.a edição do “Arouca Film Festival”, que decorreu no passado fim-de-semana, no Cinema Globo D’Ouro, em Arouca.
Assinale-se que, o Prémio Nacional do certame foi para o filme “Directo”, de Luís Alvarães e Luís Mário Lopes. O espanhol Lucas Figueroa, com “Prologo”, venceu o Prémio Internacional”. E o Prémio do Público foi atribuído a “Fly – Último Adeus”, do português Tiago Martins.
A melhor Representação foi para Yailene Sierra, protagonista de “La Boda”, de Marina Seresesky, Espanha, que foi considerada a melhor Ficção.
Também do país-vizinho, o filme “Grand Prix”, de Marc Riba e Anna Solanas, foi considerado a melhor Animação. “PT.ES”, do português Pedro Sena Nunes, venceu na categoria de Documentário e “Estátua”, de Carlos Silva, foi o mais votado em Experimental. “Cronofóbico”, de Edgar Ferreira, foi considerado o melhor Videoclip.
Acrescente-se que “Luminaris” ainda venceu o Prémio de Fotografia, enquanto “Son dos Días”, de Andrés Lopetegui, arrebatou o melhor Argumento e “Prologo” a melhor Realização.

Envolvimento local
O Festival de Cinema de Arouca apresentou 37 curtas-metragens e uma longa-metragem, oriundas de Portugal, Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha e França. E o programa incluiu, ainda, uma exposição de pintura e uma mostra de trilobites do Centro de Interpretação Geológica de Canelas, do Geoparque Arouca.
João Rita, director do Cine-Clube de Arouca, a entidade organizadora, salienta que os objectivos foram alcançados, destacando, nomeadamente, “o envolvimento do público local, e também de alguns grupos”, referindo-se, em concreto, à actuação da banda arouquense “Fly”, no sábado à noite.
Quanto a “visitantes”, considera que, neste aspecto, “tudo correu dentro da normalidade”, tendo registado “algumas presenças” de forasteiros.
Relativamente aos filmes a concurso, o responsável realça que o júri do festival lhe disse que a selecção deste ano tinha sido “das maiores e das melhores em termos de qualidade”.
O Arouca Film Festival “está sedimentado e é para continuar”, considera Rita, realçando que o percurso de uma década já percorrido justifica o esforço empreendido na sua realização.