A maioria PDS/CDS-PP da Câmara Municipal de Aveiro perspectiva concessionar, ainda este ano, os serviços de transportes e mobilidade. O cenário foi deixado ontem à noite na reunião pública do executivo em que foram aprovadas as contas de 2009 da MoveAveiro.

Segundo referiu o vereador Carlos Santos, o processo de concessão dos serviços da empresa mobilidade irá ser discutido em sede camarária a breve prazo: “Há um desejo antigo em constituir quatro empresas. Uma concessão para os transportes rodoviários, uma para os transportes fluviais, uma para os parques de estacionamento e outra para as BUGAS. A ideia é lançar concursos. Estamos a desenvolver um trabalho que, em breve, iremos apresentar”.

Relativamente às contas de 2009 da Move Aveiro, fica o resultado líquido negativo de um milhão e dois mil euros, o que representa uma diminuição em relação ao ano de 2008, no qual tinham sido registados saldos negativos superiores a dois milhões de euros. Marina Fernandes, chefe do departamento financeiro da Move Aveiro, explicou que essa melhoria foi conseguida através de um subsídio à exploração superior a um milhão de euros: “Essa melhoria acontece porque não ano anterior não tivemos transferência pela rubrica de subsídios à exploração. Foi tudo por consolidação com mistura de prejuízos o que nos obriga à lei das empresas municipais que impõe que o município possa cobrir os prejuízos adicionais e custos financeiros que existem nas empresas municipais e em 2008 foi isso que foi feito. Em 2009 tivemos um subsídio à exploração de um milhão e 440 mil euros que nos veio melhorar o resultado. Tivemos, também, um aumento de 7% em relação à MoveBus e 1% em relação à MoveRia”.

Os eleitos pelo PS não deixaram de tecer alguns reparos. O vereador socialista João Sousa considerou, mesmo, que, os números de 2009 não revelam quaisquer melhorias em relação aos números de 2008: “Os números são idênticos aos do ano anterior. Não tem quaisquer melhorias e há uma clara intenção de concessionar os quatro tipos de actividade. Uma empresa que apresente estes resultados com prejuízos daquela forma se vai concessionar, é lógico que as receitas não chegam para cobrir os custos o que vai originar um aumento de tarifas e quem vai pagar serão os munícipes”.

O relatório de contas foi aprovado pela maioria PSD-CDS/PP.