O PS acusa a Câmara de “inventar inaugurações” por razões eleitoralistas, reportando-se à festa de reabertura da Casa Museu Egas Moniz, em Avanca, no passado fim-de-semana.
“À falta de obras para inaugurar, a coligação PSD/CDS já reinaugurou com pompa e circunstância a Casa Museu por duas vezes: em 2009 e agora em 2013”, realçam os socialistas.
Em Julho de 2009, por ocasião dos 60 anos do Prémio Nobel, a autarquia procedeu a uma “cerimónia de reabertura” com a presença da ministra da Saúde da altura. Este fim-de-semana o espaço museológico voltou a merecer outra cerimónia de inauguração no âmbito do programa de comemorações de elevação de Estarreja a cidade.
“A Câmara, volta e meia, decide fazer reaberturas da Casa Museu depois de longos períodos em que nada acontece”, avalia o PS. Após “cada reinauguração” tudo permanece “basicamente como sempre esteve”, constata o partido da oposição.
Na opinião dos socialistas, as iniciativas camarárias têm uma função “propagandística” mas só servem para “camuflar o tempo que o museu esteve encerrado”.
“Foram vários anos perdidos de promoção da Casa Museu e de todo o potencial promocional associado ao nome de Egas Moniz e ao seu legado. Os problemas encontrados não podem servir de justificação para o tempo que se perdeu”, diz o PS.
O partido - liderado localmente por Marisa Macedo e já com candidato escolhido à Câmara, Fernando Mendonça - denuncia, por outro lado, a “ausência de um modelo de desenvolvimento cultural e científico do município”. “Na falta disso, a Câmara faz intervenções desgarradas”, ajuíza o PS.
“O PS teria moral para falar se durante os oito anos em que governou a Câmara tivesse feito um décimo do que nós já fizemos”, respondeu ontem o presidente da edilidade. “O que fez o PS na Casa Museu? Pouco ou nada”, reforçou.