O Julgamento da insolvência da SAD do Beira-Mar começa esta terça-feira. Trata-se de um processo requerido pela direção do clube que reclama créditos entre os 2,5 e os 3 três milhões de euros.

O pedido de insolvência deu entrada no tribunal em julho passado, cumprindo uma deliberação aprovada pela maioria dos sócios presentes na última assembleia geral, depois de a direção do clube aveirense não ter conseguido chegar a acordo com o acionista maioritário, Majid Pishyar, para uma possível reversão da SAD para o clube.

António Regala diz que a direção só recorreu aos tribunais quando percebeu que não conseguia dialogar com Majid Pishyar considerando que as sucessivas declarações do investidor iraniano procuram "mascarar" a realidade.

“Quem tem feito tentativas de diálogo tem sido a direção do Sport Clube Beira-Mar e nunca o sr. Majid. Tudo o que tem vindo a público, com pseudo entrevistas no site do clube, não passam de puro bluff. É neste logro que se pretende permanentemente passar que fica uma imagem distorcida do que acontece. A direção desde o início da criação da SAD tem tentado o diálogo e bate sempre numa barreira de silêncio que só foi ultrapassada a partir do momento em que ameaçámos recorrer aos serviços jurídicos”.

O dirigente revela preocupação pelo futuro qualquer que seja a decisão. Espera que as partes sejam capazes de acatar a decisão que o Tribunal vier a tomar, sem deixar escapar a desilusão de ter chegado a este ponto quando a criação da SAD foi pensada para valorizar a marca Beira-Mar.

“Porque é uma situação de que se esperavam avanços até para o clube, para a SAD, que fosse proveitosa e dinâmica, e estamos perante uma situação em que ou vamos para o caminho certo para futuro ou, apetece-me dizer, que corremos risco do Beira-Mar ter sérias dificuldades no futuro próximo”.

Em caso de decisão favorável a Majid Pishyar, o atual presidente do clube diz que é cedo para pensar num eventual cenário de demissão.

“Nem sequer equacionámos isso. Nem admitimos nem deixamos de admitir. Vamos cumprir o mandato e estamos a cumprir determinações dos associados. Uma situação dessas tem que ser colocada no momento próprio e perante uma situação determinada”.

As partes concordam pelo menos numa questão. Dizem "confiar" na justiça portuguesa.