A empresa Águas da Região de Aveiro (AdRA) admite que a empreitada de saneamento realizada em Vagos e que está, agora, a terminar, foi "demasiadamente longa e penalizou os munícipes".

O administrador Fernando Vasconcelos, entrevistado à margem da sessão de encerramento das acções de educação ambiental no Concelho de Vagos, explicou que as queixas sobre o estado das vias "têm fundamento" e estão relacionadas com a duração da empreitada. "Em Vagos, o período de obra foi demasiado longo. Os pavimentos tem de ficar em condições. Sempre que há reclamações da população, obrigamos os empreiteiros a refazer os pavimentos. A AdRA reconhece que existiram muitas dificuldades em dar respostas rápidas. Não foi um bom exemplo. Agradecemos a paciência das populações e pedimos desculpa pela demora. Agora, no entanto, já tem uma rede de saneamento que não tinham", vincou.

Fernando Vasconcelos acredita que o final das obras "vai trazer melhor qualidade de vida" ao Concelho de Vagos.

Quanto às obras na Gafanha da Nazaré, o administrador da AdRA diz que continuam a enfrentar os elevados níveis freáticos como principal obstáculo. Ainda assim referiu que o bom tempo das últimas semanas "permitiu acelerar a empreitada" que não regista paragens. "Estamos, até, a recuperar atrasos. Na Gafanha é necessário um grande investimento para baixar os níveis freáticos. Só se consegue trabalhar com drenagem permanente", disse.

As obras de saneamento e água na Gafanha da Nazaré estão orçadas em 10 milhões de euros.