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01-04-2003

Marchasdesfilaram


O. do Bairro

Marchas do Município de Oliveira do Bairro Uma colorida maratona de quatro horas Com uma assistência enorme, muito mais de duas mil pessoas, batendo todos os recordes dos anteriores certames, desfilaram, no dia 28 de Junho, no estádio municipal de Oliveira do Bairro, as marchas do concelho, em número de onze, atapetando o relvado de muitas e bonitas cores. Foi uma maratona de quatro horas. “Um grande desfile que em nada nos envergonha”, afirmou o presidente da câmara, Victor Oliveira, que avançou mesmo, dizendo que não eram inferiores às de Lisboa Marchas infantis Por razões perfeitamente compreensíveis, as crianças foram as primeiras a entrar em campo ( no estádio municipal ), com bastante atraso, diga-se, atirando o encerramento para as duas da manhã de sábado, o que mereceu alguns reparos, para mostrarem a alegria, a garrulice e as cores mais vistosamente preparadas para os efeitos desejados - encher o olho dos muitos que costumam acorrer a um espectáculo do género. Assim, a primeira a exibir-se - e não podia ter começado melhor - foi a marcha infantil da Solsil ( 3 arcos e 15 pares), com as cores dominantes, azul e amarelo, que levou o tema, mais que actual, “Reciclagem”, letra do poeta popular local, Manuel Marques (Poceiro) que aproveita, em jeito didáctico, para criticar o comportamento das pessoas que não fazem a separação dos lixos, quando há recipientes (ecopontos), destinados a cada tipo. Por isso, deixa o conselho: “não despejes o teu lixo / por qualquer canto ou lugar./ Mantemos a terra limpa, / custe lá o que custar...” Isto é, há que fazer a reciclagem, porque tudo assim se pode aproveitar, o vidro, o papel, os monos. E isso, segundo cantavam os putos, não será difícil: “se todos dermos as mãos / para o lixo eliminar / os corações ficam sãos / e há mais sol a brilhar”. A escola de Vila Verde, sempre com grandes iniciativas, estreou-se nestas andanças, cantando a terra, com bom ritmo, fornecido pela própria letra, ( muito bem conseguida, ) da professora, Lídia Porto, com música de Dias Cardoso. A coreografia era de Marcos Oliveira. E a escola não podia entrar melhor “no recreio”, cantando: “Venham ver a nossa marcha / a marcha de todos nós, / é Vila Verde que passa, / vinde ouvir a nossa voz”. E todos convictos do desempenho do deu papel, lá iam cantando a sua marcha “com seu ar de festa / arcos enfeitados / balões pendurados / tem luz e tem cor / ai, ai, ai menina / não pode outra haver / que seja melhor .“ Formavam-na 8 arcos e 25 pares e foi a única que desfilou com padrinhos: Dr António Vela e esposa, Adelaide Vela. Por sua vez, a marcha infantil da Santa Casa da Misericórdia que marca presença nestes certames, desde a primeira hora, pautando-se pela novidade e qualidade, levou ao relvado de S. Sebastião o tema do Euro em Movimento, um pouco à semelhança da edição do ano passado, moeda que foi aprendida em pouco tempo e assim é que Aida Viegas escreveu: “senhor Euro, como está? / Diga lá como passou. / Sei que se deu bem por cá / Inda bem que ficou “. Depois, as crianças, onde dominavam as cores azul e amarelo, nas suas danças e cantares, deram uma volta à Europa, não faltando tulipas, gastronomia, mas também algumas figuras do imagináruo das crianças: o pai natal, o asterix, o pinóquio. Era consttituída por 7 arcos e 13 pares. O tema da paz (Paz nos paises) também esteve presente no desfile das crianças, mais concretamente nas cantigas e passos da marcha infantil do Centro Ambiente para Todos, do Troviscal ( 2 arcos e 23 pares), empunhando bandeiras e muita convicção. Afirmando “somos crianças de alma sã / com o olhar meigo e profundo, / somos o homem de amanhã, / a esperança d’um novo mundo” e “meninos e meninas / vamos juntos a dançar. / Não se escolhem os amigos / a quem as mãos vamos dar”, espalharam alegria e mensagens. A música era de Leonildo Rosa e a letra de Cristina Coelho e Susana Gomes. De muita ternura e boa recordação foi a coreografia apresentada pela marcha infantil da Palhaça, (25 pares), uma organização da ADREP, a qual apresentou o tema “Os artistas que nós somos” e mostraram-no bem, não só cantando como desenhando ou pintando, como se fez referência na nossa última edição. E, assim, “enche-se o mundo de amor / através de uma criança” porque o que pintam são a rara beleza das flores - “com este pincel na mão / pintamos flores bem garridas”, mas também “ o arco-íris/ com um pincel na mão .“ O Centro Social de Oiã pela primeira vez se apresentou com uma marcha infantil ( 3 arcos e 17 pares) que levou ao palco relvado do estádio minicipal cor e alegria, próprias da sua idade. O tema que foi coeografado foi exactamente o ciclo do pão, moleiros e moinhos ( ou azenhas) que sempre houve em muitos locais da freguesia de Oiã, inclusivamente no sítio das Hortas, o do padre Abel Gomes da Conceição e Silva, mas isso já foi há muitos anos. Hoje “da água que vai no rio / só corre um fio, / ninguém a apanha / e a moleirinha agora / deu em doutora.” A cor dominante era obviamente o branco. A letra era da lavra de Rui Madon e a música de Vitorino Gonçalves. A figurinista foi Helena Reis, pertencendo a coreografia a Manuel Ribeiro, o que aconteceu igualmente na marcha adulta. Marchas adultas Curiosamente, a Solsil deu início à segunda parte em que se exibiram com toda a jovialidade as marchas adultas, ( 6 arcos e 14 pares ) com figurantes que vão sendo cada vez mais repetentes, o que traz uma maior segurança e desenvoltura nos passos. Com letra do mesmo autor da marcha infantil, Manuel Marques (Poceiro), a marcha adulta da Solsil lembrou uma das fainas típicas da zona - a ceifa dos arrozais, feitas pelas ladinas raparigas que o poeta recorda: “ceifavas o arroz no campo / num esforço de titã. / Com paciência de santo / começavas de manhã”, mas nem por isso deixavam de cantar. Depois, vinham as malhas, duras, quase ao desafio, as mêdas... Cores dominantes, o rosa, o branco e amarelo. Se a marcha infantil do Centro Ambiente para Todos levou o tema da paz, o mesmo aconteceu com a adulta, ( 23 pares e 2 arcos ), onde eram predominantes as cores branca e amarela, ambas com letra de Cristina Coelho e Susana Gomes e música de Silas Granjo. “A paz é o povo unido / no mundo de norte a sul / é um balão colorido / no esplendor do céu azul”. No fundo, era também um apelo à paz, ali simbolizada por pombas. É o que se ouviu nesta quadra; “Convosco vamos partilhar / paz, alegria, união /. Deixemos a pomba voar / juntando a nossa mão”. Aida Viegas foi a poetisa de serviço na Misericórdia de Oliveira do Bairro, assim como Dias Cardoso na música o é desde o primeiro certame das marchas. Também aqui Aida Viegas anda à volta do Euro que “ai ó lari ló lé, / um euro não dá p’ra nada /. Vai um copo e um café / e acabou-se a mesada “. Amiga que é da andar pelo mundo, visitando memórias e lugares, nas oito quadras viaja do Luxemburgo à Finlândia, passando por França, Grécia e Espanha, deixando uma pitada de história, às vezes até pessoal. Esta marcha foi a que apresentou maior número de arcos, doze, tantos quantos eram os pares, com as cores dominantes, o azul e amarelo. Se a vida hoje é mais de cafés, noutros tempos eram mais as tabernas, muito frequentadas então. Esse foi o tema apresentado, com a graça do costume pela marcha da Palhaça, letra de Lúcia Moura e música de Carlos Matos e sua banda, (também responsáveis nestas áreas pela marcha infantil), locais onde havia “raparigas bem bonitas / com o seu avental branco / servem os rapazes catitas, / mesmo em dia de seu santo .“ (...) Versão integral no Jornal da Bairrada versão em papel (4 Jul / 9:55)

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