A contestação ao presidente da SAD do Beira-Mar subiu de tom e chegou “à bancada” com a claque do clube a apresentar uma tarja a pedir a saída de Omar Scafuro do comando do futebol profissional.

Num fim de semana marcado pela polémica troca de comunicados entre Sindicato de Jogadores e SAD, e com o emblema aveirense a garantir que tem tudo em dia com jogadores e treinadores, veio a público a informação que o afastamento de Alan Mota da convocatória poderia estar relacionado com o pedido de esclarecimentos do jogador brasileiro junto dos dirigentes sobre essa informação.

Os atletas não aceitam que se passe uma imagem de cumprimento quando tal não corresponde à verdade. Até aqui a face mais visível da contestação eram os funcionários (pedidos de rescisão e intervenção do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal) mas também o gradual afastamento da direção do clube e a gestão do quadro de jogadores que trouxe um novo elemento à estrutura (Kal Baiano).

Em cena entrou também Majid Pishyar a reclamar a reversão das ações em Tribunal alegando que o pagamento não foi cumprido por Scafuro. Tudo somado, a verdade é que a equipa e os resultados parecem ser, nesta altura, a única força que mantém Omar Sacfuro na liderança dos aveirenses afundados em dívidas e com um novo Processo Especial de Revitalização pedido depois de assumir que não consegue cumprir o primeiro aprovado este Verão.

A rotura com os adeptos e, em particular com a claque, pode ser elemento importante uma vez que até ao momento os adeptos mantiveram algum distanciamento optando por apoiar a equipa e valorizar os fatores desportivos. A tarja exibida ontem no estádio mostra que esse tempo acabou.

Omar Sacfuro parece ter perdido uma batalha que começou por ganhar na chegada a Aveiro salientando que a paz e a união eram fundamentais ao sucesso do Beira-Mar chegando mesmo a convidar os candidatos à liderança do clube a tomaram assento na SAD. Nem António Cruz nem António Regala estão em funções e Omar é líder isolado da SAD.