José de Figueiredo apresentou, recentemente, o seu primeiro livro de poemas, intitulado “33 – Histórias de Amor e Sexo”, cujos lucros da primeira edição reverterão a favor da Associação Diferentes e Especiais, sediada em Vagos, e composta por pais, familiares e amigos de crianças e jovens com deficiência e/ou doença crónica.

Diário de Aveiro: Como é que a escrita surge na sua vida?
José de Figueiredo: A literatura, o gosto pela leitura e pela escrita surge por influência familiar. A minha mãe é professora, o meu pai era um activo leitor e o meu avô materno tinha, além de uma grande cultura pessoal, um forte gosto pela leitura. Por estes motivos, sempre fui motivado para ler, um prazer que adquiri e que mantenho.
A escrita surge por acaso. No secundário, tive que responder a um desafio lançado por um professor de Português, ao qual, apesar de não ter respondido como pedido, não deixei de escrever alguma coisa de forma livre. O facto de este professor ter, mesmo assim, avaliado o que escrevi, e a forma como o fez foi, na minha opinião, o que despoletou o meu gosto por escrever. Depois, fui continuando, bem ou mal, a escrever sobre o que me apetecia ou doía.

Do que trata este livro?
O livro, como diz o subtítulo, fala de histórias de amor e sexo. São poemas sobre vários tipos de amor e em várias idades, desde o de menino, ao de escola e ao adulto, abordando perpectivas sobre o amor sentido pelas mulheres em que cada poema encerra em si mesmo uma história. Alguns mais sub-reptícios, outros mais directos…

E em que se inspirou na criação destes poemas?
Os poemas surgiram inspirados em tudo o que me rodeia, desde uma notícia num jornal, passando por um anúncio na televisão até à simples imaginação, ou o recurso à memória de bons momentos vividos ou pretendidos.