Partilha. Esta é a palavra que melhor define o Festival Rádio Faneca que inicia, amanhã, três dias de emissão quase contínua de alegria. De tradição. De histórias. De memórias de quem as viveu, mas também dos que cresceram a escutá-las. E que têm mais uma oportunidade para ouvir o seu eco. De uma forma diferente, porém. Cantadas. Contadas. Embaladas num ambiente de onda média, numa terra habituada a encarar ondas gigantes na saudade dos que vão para o mar. Porém, a Radio Faneca traz muito mais do que “apenas” histórias do mar. À mesa dos três dias de Festival, dá-se uma alegre vista aos delicados segredos da porcelana, e vivem-se sonhos que a dureza da vida não permitiu cumprir. Tudo numa atmosfera de constante partilha. Porque é isso que o Festival Rádio Faneca é: dar e receber. Dar à comunidade. Recebendo da comunidade e partilhando com todos os que se queiram juntar a este momento. A Rádio Faneca está “no ar”.
“Vai ser um fim-de-semana cheio de alegria. Essa é a principal mensagem do Festival”, refere José Pina, director do Centro Cultural de Ílhavo, num encontro com a imprensa, que pretendeu antecipar os três dias que se começam a viver amanhã e que são já uma marca de Ílhavo. Esta celebração, que foi buscar o nome a uma rádio que diz tanto aos ilhavenses, convida todos aqueles que se quiserem associar, mas é muito centrada na população local, como admite o mesmo responsável. “É um festival feito com a comunidade e para a comunidade local”, diz, salientando existir uma preocupação muito grande em “criar um espírito próprio no centro histórico de Ílhavo”, tornado o festival “numa âncora de ligação à comunidade”.