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01-04-2003

Jornalistas são inovadores no Português


Imprensa

Jornalistas são inovadores no uso do Português e incentivam mudanças Os jornalistas portugueses utilizam a Língua de forma correcta e são inovadores no que se refere ao vocabulário, incentivando muitas das mudanças em curso no idioma, afirmam investigadores do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). As primeiras conclusões do projecto REDIP (Rede de Difusão Internacional do Português: Rádio, Televisão e Imprensa) tendem a desmontar algumas ideias feitas por regra pouco favoráveis ao desempenho oral e escrito dos profissionais da comunicação social. O estudo decorre sob a responsabilidade científica de Maria Helena Mira Mateus, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e deverá estar concluído em Abril de 2003. Em termos genéricos, segundo os dados analisados até ao momento, os jornalistas falam e escrevem bem, respeitam as regras gramaticais e demonstram riqueza lexical. Mais: desempenham um papel preponderante ao nível da mudança linguística, porque são criativos e sobretudo, «inovadores«, indicou à Agência Lusa a investigadora Maria Celeste Ramilo, do ILTEC. Muitas palavras novas - neologismos - entram no uso comum via comunicação social. Outras vezes os jornalistas criam ou fixam sentidos novos para palavras já existentes: é o caso do vocábulo «cherne«, que adquiriu uma conotação política inédita a partir de um episódio noticiado durante a campanha eleitoral de Durão Barroso, actual primeiro- ministro. Por outro lado, os profissionais da comunicação social mantêm contacto privilegiado e constante com sectores muito específicos de actividade, como a ciência, a economia ou o desporto. São áreas com terminologia própria e rigorosa que o jornalista deve respeitar, sem que daí resulte qualquer prejuízo da função informativa. Esta «mediação«, por vezes quase «tradução«, potencia algum engenho linguístico e tem um lado didáctico. De facto, a maior parte dos vocábulos de origem técnica ou científica que hoje surgem integrados no uso quotidiano transpuseram o seu foro restrito através da comunicação social, sublinhou Tiago Freitas, também linguista e investigador do ILTEC. O uso do termo «portanto«, descrito na gramática convencional como «conjunção conclusiva«, mereceu especial atenção aos investigadores. A palavra é utilizada com muita frequência em televisão e na rádio mas já poucas vezes assume a sua função original, que é a de ligar duas orações exprimindo consequência ou resultado. Num número significativo de ocorrências constatou-se que o familiar «portanto« apresenta-se em outros contextos na frase ou então surge desprovido de conteúdo semântico, funcionando apenas como estratégia discursiva que permite ao emissor ganhar tempo. A partir desta observação os linguistas do REDIP propõem que na futura elaboração de gramáticas e dicionários se tome em conta a evolução consagrada pelos novos usos desta palavra, assumindo que a mesma já não é adequadamente descrita pela classificação tradicional. Este projecto de investigação, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), prevê ainda um levantamento de neologismos e estrangeirismos, a identificação dos desvios mais frequentes, o estudo dos marcadores discursivos e, já no plano da sintaxe, a análise das frases relativas. O REDIP tem por base um corpus de 324 mil palavras recolhido em 1998 junto da rádio, televisão e imprensa. Os textos analisados distribuem-se por seis temas: Actualidade, Ciência, Cultura, Desporto, Economia e Opinião. Os dados foram obtidos a partir de material divulgado na RDP, TSF, Rádio Renascença, SIC, RTP1, RTP2, Diário de Notícias, Expresso e Público. Criado em 1988 e orientado para a investigação na área da Linguística, o ILTEC é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem por associados a FCT, a Universidade de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa. (17 Dez / 10:44)

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