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01-04-2003

Um doce que sobreviveu à crise


Bolo rei

Bolo-rei Um doce que sobreviveu à República e à crise económica do século XXI Após a proclamação da Republica, a Confeitaria Nacional chegou a ter «problemas« com o seu mais famoso doce, o «Bolo-rei«, mas quase um século depois, aquele produto continua a vender-se bem e resiste à crise económica. «Estamos a vender mais ou menos a mesma coisa. O movimento é igual ao do ano anterior«, disse à agência Lusa o proprietário daquela centenária pastelaria de Lisboa, Rui Viana. O preço também não variou: 13,25 Euros o quilo. «É uma tradição tão enraizada que, por enquanto, a crise ainda não chegou cá«, acrescentou Rui Viana, tetraneto do fundador da Confeitaria Nacional. O «por enquanto« poderá, contudo, não durar muito tempo se o preço do pinhão, da noz e de outros ingredientes do «Bolo-rei« continuar a aumentar. Fundada em 1829, a Confeitaria Nacional é considerada o berço do «Bolo-rei«, uma componente indispensável de qualquer ceia de Natal em Portugal. A receita daquela loja, importada de França na primeira metade do século XIX, pelo trisavô de Rui Viana, é um segredo conhecido apenas da família e de um dos 22 pasteleiros da casa. O edifício onde a pastelaria está instalada, no coração da «baixa« lisboeta, já foi classificado como «património histórico« e o seu primeiro piso, fechado desde o final do século XIX, deverá reabrir em 2003. Durante a última semana, a Confeitaria Nacional vendeu «mais de mil bolos-rei por dia« e como em quadras natalícias anteriores, teve de contratar pessoal extra para atender às encomendas. «Temos clientes de todo o lado, do Alentejo ao Norte do país, e de todos os estratos sociais«, disse Rui Viana. Já era assim em meados do século XIX, quando Portugal vivia a guerra civil entre «liberais« e «absolutistas«. Segundo reza a História, a Confeitaria Nacional «adoçava a ambos as horas amargas e de triunfo, com a mesma solicitude«. Após o derrube da monarquia, em 1910, alguns parlamentares republicanos mais radicais pretenderam alterar o nome do «Bolo rei« para «Bolo República«, mas a ideia não vingou. Ao longo do século XX, a Confeitaria Nacional serviu, também, a Presidência da Republica, como antes já tinha servido a Casa Real. Mais do que uma tradição, o «Bolo-rei« tornou-se quase a alma da casa daquela pastelaria. «Fazemos toneladas por ano. O fabrico logo no fim de Outubro, quando aparecem as castanhas, e prolonga-se até aos folares da Páscoa«, contou também Rui Viana. Lusa (24 Dez / 13:50)

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