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01-04-2003

Um «day after« na imprensa


Águeda

Águeda Um «day after« de ouvidos na rádio e olhos nos jornais Águeda acordou hoje em plena «ressaca« do caso de alegado peculato que levou o tribunal a constituir arguido o presidente da Câmara local, Castro Azevedo (PSD). Logo pela manhã, na rádio local, o dirigente socialista local Fernando Saraiva proclamava que «há mais culpados no PSD« pelo caso de alegado peculato conhecido segunda-feira. Sem especificar, Saraiva pedia: «Não façam de Castro Azevedo [o presidente da Câmara constituído arguido] um mártir. Tanto é ladrão o que vai à vinha como o que fica à porta«. Tentando perceber quem «foi à vinha e quem ficou à porta«, os habitantes de Águeda tornaram-se hoje excepcionais consumidores de imprensa. «Não me lembro de tanta procura de jornais«, asseverou Fernanda Ribeiro, proprietária de um quiosque na «baixa« da cidade. Noutro quiosque, a proprietária, Filomena Martins, disse que as vendas a meio da manhã de hoje atingiam o que seria normal ao fim do dia, admitindo que clientes diários ficassem sem o seu periódico habitual. Na Câmara, o presidente em exercício, Elói Correia, começou o dia numa reunião com vereadores e chefes de departamento, exortando-os a «tocar o barco para a frente«, conforme disse à agência Lusa. Descrevendo o ambiente na Câmara no «day after« como «perfeitamente normal«, garantiu que «todas as acções esquematizadas continuam o seu rumo, dentro e fora de portas«. Nos cafés, olhos atentos fixavam-se nas notícias de jornal, tentando perceber o real relacionamento entre o afável presidente Castro Azevedo e o influente deputado e líder da concelhia social-democrata, António Cruz Silva. Deste, sabia-se que ponderava terminar 20 anos de liderança do PSD local, quando a Polícia Judiciária lhe vasculhou a casa. Contudo, inimigos «angariados« nestas duas décadas em que ditou todas as regras do jogo na estrutura social- democrata recusavam acreditar que endossasse a outros o poder de fazer e desfazer carreiras autárquicas em Águeda, que todos lhe reconhecem. Veio das ex-colónias após o 25 de Abril, montou uma pequena fábrica de colas que foi crescendo aos poucos. Sensivelmente na mesma altura filiou-se no PSD e tornou- se desde logo um grande dinamizador do partido num concelho que nunca deixou sair da esfera social-democrata. «Fez« todos os presidentes de Câmara em Águeda e vereadores desde a instituição do poder local democrático e fê-los «cair« quando se sentiu afrontado. Gil Nadais, tido como sucessor natural do antigo presidente Deniz Padeiro, foi dos que viu barradas as suas aspirações políticas por incompatibilidades com o «deputado Silva«, como é conhecido no distrito de Aveiro«, ou «Silva de Travassô«, como é rotulado no concelho. Por vontade do «deputado Silva«, a queda de Gil Nadais provocaria a ascensão de Castro Azevedo, cujo trabalho autárquico sempre foi acompanhado muito de perto pelo seu «padrinho político«. O filho de um modesto casal de Carregosa, Oliveira de Azeméis, que Águeda atraíra por causa de um emprego nas Finanças e para contrair matrimónio, correspondeu às expectativas de António Cruz Silva e teve direito a segundo mandato. Lusa (21 Jan / 12:02)

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