domingo, 2 de Novembro de 2025  10:58
PESQUISAR 
LÍNGUA  

Portal D'Aveiro

Publicidade Prescrição eletrónica (PEM), Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), Gestão de Clínicas Publicidade

Inovanet


RECEITA SUGESTÃO

Ovos no Forno

Ovos no Forno

Coza os ovos em água temperada com sal, durante 10 minutos. Ao mesmo tempo, prepare os espinafres com queijo. ...
» ver mais receitas


NOTÍCIAS

imprimir resumo
01-04-2003

Resta Aguardar


Crónica

Crónica da América Resta Aguardar Manuel Calado Como se previa, o pior aconteceu. Pior ou melhor, segundo o ponto de vista de cada um. Para o nosso Presidente e os seus conselheiros, aconteceu o que devia acontecer. Para os pacifistas, aqui e à volta do Mundo, o que està acontecendo, poderia ter sido talvez evitado, recorrendo à diplomacia, ou dando à diplomacia tempo suficiente para conseguir um desiderato aceitável. Mas agora é tarde. Tudo neste mundo tem o seu tempo próprio. Segundo o dizer bíblico, há um tempo para tudo. Um tempo para nascer, um tempo para plantar, um tempo para colher, e um tempo para morrer. E no meio de toda esta orgia de violência, há também um tempo para chorar os mortos, os refugiados e os próprios soldados, que no campo de batalha estão arriscando as suas vidas . Guerra é guerra, sempre foi guerra e há-de sê-lo pelos séculos dos séculos. O bicho homem é ainda muito animalesco, e na sua memória anímica, repercutem ainda os ecos das lutas trogloditas, do tempo dos dinossauros. O instinto da luta existe ainda em nós e manifesta-se de muitas maneiras. Desde a Bolsa, onde se joga o dinheiro e por vezes a vida e o destino de milhões de pessoas, como no caso da infamante companhia Enron, aos campos desportivos. Só que hoje, há maneiras de dominar esse instinto de luta e competição, e de colocá-lo ao serviço da sociedade. Que Saddam Hussein é um tipo de mau carácter, um ditador violento e sanguinário, nao restam dúvidas. Diz-se que aprendeu as tácticas de José Estaline, o falecido ditador russo. Se o que se diz dele é verdade, o homem é um facínora, que governava o Iraque pelo terror e o medo. O terror, foi sempre a marca dos dominadores de povos. Os nossos dominadores lusos de antanho não foram excepção a regra. Quando chegaram a Goa, por exemplo, cortaram as orelhas e o nariz de uns tantos nativos, para que lançassem o terror e o respeito pelo nosso domínio. Um dos pretextos desta guerra, foi eliminar as armas de destruição macissa que o ditador iraquiano terá em seu poder. E um dos receios é o de que, quando ele se vir perdido, lance mão dessas armas para atacar os soldados americanos. Até agora, tal ainda não aconteceu. Mas o homem tem fama de lançar gases tóxicos sobre o seu próprio povo. E com a abertura desta nova frente de luta, esqueceu-se quase por completo, que o terrorista bin Ladden, continua vivo e perigoso. Protelou-se também a reconstrução do Afganistão, sem reparar o que as bombas inteligentes reduziram a caliça. E quantos biliões serão necessários para a reconstrução do Iraque, quando a destruição terminar? Porque a guerra é mesmo assim. Destroi para construir. E, ao contrário do que aconteceu a quando da primeira Guerra do Golfo, desta vez não se pode contar com a ajuda da França, Alemanha, China, Rússia e outros países. Neste momento a maioria dos americanos apoia o Presidente Bush. E se a guerra for rápida, e o Saddam decidir abandonar o país ou for liquidado, tudo bem. Mas a instauração dum governo democrático, no meio do mundo árabe e muçúlmano, não será tarefa fácil. Há interesses e facções políticas, grupos raciais e religiosos que aguardam o momento de exigirem o seu quinhão. As fronteiras do Iraque foram talhadas pelo antigo império inglês, sem olhar a hegemonias raciais e religiosas anteriores. E essa mistura de gentes, políticas e crenças, faz uma argamassa explosiva, dificil de dominar. As bombas inteligentes bem poderão enviar Saddam para a profundeza dos infernos. Mas a construção duma democracia à Americana, nas areias do Golfo Pérsico, vai ser tarefa dificil e dispendiosa. E este é o argumento dos que desejariam dar mais tempo à diplomacia para resolver o problema sem violência. E depois , há cá dentro do território, problemas que pedem solução, e que não poderão ser resolvidos, por falta de dinheiro necessário à Guerra. Mas agora, que estamos todos neste barco, não se podem abandonar os que nos campos de luta, arriscam a vida, para o plano do nosso Presidente, seja levado a bom termo. Porque há um tempo para tudo, e até para dar apoio moral às famílias de todos aqueles que lutam em nosso nome. Não estão lá por vontade própria, mas em nome do país que os mandou. E o país, afinal, somos nós todos. (25 Mar 03 / 10:59)

ACESSO

» Webmail
» Definir como página inicial

Publicidade

TEMPO EM AVEIRO


Inovanet
INOVAgest ®