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27-06-2004

ambientalistas contestam resíduos industrais


Incineradora - Centro

A provedora do Ambiente de Coimbra e ambientalistas da Quercus contestaram a possibilidade de a incineradora projectada para tratar resíduos urbanos na região Centro poder vir a receber também resíduos industriais.
A questão foi levantada por um requerimento do deputado do CDS- PP Miguel Paiva, baseado num documento da Empresa de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro (ERSUC) enviado às autarquias, a propor que a incineradora de resíduos urbanos "passe a receber também resíduos industriais".
A ERSUC recolhe e trata dos lixos de 36 concelhos dos distritos de Aveiro, Leiria e Coimbra, sendo constituída maioritariamente pelo Estado (51 por cento), pelas respectivas autarquias (43 por cento) e por privados (6 por cento).
"Constata-se que a ERSUC prevê que, em 2012, a sua capacidade para receber mais resíduos industriais seja aumentada em 50 por cento", refere o requerimento do deputado do círculo de Aveiro, que aguarda esclarecimentos daquela empresa e das Câmaras abrangidas.
A provedora do Ambiente e Qualidade de Vida de Coimbra, a bióloga Helena Freitas, disse à Agência Lusa que "não faz sentido nem é compatível sequer" uma incineradora tratar resíduos urbanos e resíduos industriais.
"Essa proposta nem sequer é racionalmente correcta, torna a questão (ambiental) ainda muito mais grave e complexa", sustentou.
Para a bióloga, introduzir resíduos industriais é "potenciar as dificuldades que uma incineradora já coloca à partida, é admitir que se vai queimar o que quer que seja".
Rui Berkermeir, da associação Quercus, disse à Lusa que pôr uma incineradora a tratar dos dois tipos de resíduos é "facilitar a vida aos industriais, tendo em conta que, por lei, são os produtores que têm a responsabilidade de tratar os lixos que produzem, muitos dos quais são recicláveis".
"Como o projecto para uma incineradora de resíduos urbanos não tem viabilidade por si só, estão a tentar torná-lo viável através dos resíduos industriais", afirmou o ambientalista, que tem contestado a incineração enquanto solução para tratamento resíduos.
João Gabriel Silva, da mesma associação, alerta que, do ponto de vista ambiental, "são mais resíduos a queimar de forma descontrolada" e que "não há razões para acreditar que a fiscalização seria bem feita".
O projecto para a incineradora encontra-se em análise no Ministério do Ambiente, aguardando resposta a um pedido de financiamento a 50 por cento, reclamado pelas autarquias, que não se conformam com os 25 por cento de apoio previsto.
O custo estimado é de 167 milhões de euros e os locais apontados como possíveis para a construção da incineradora situam-se no distrito de Aveiro.
Actualmente, os lixos produzidos nos 36 concelhos são depositados em três aterros (Coimbra, Figueira da Foz e Aveiro), que estão prestes a esgotar a sua capacidade.

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