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04-08-2004

Mamarosa


Mamoa embeleza rotunda

A Mamarrosa, tem a partir de agora, um monumento que identifica a própria origem da terra. É que foi inaugurada, na última sexta-feira, uma rotunda embelezada com uma Mamoa, da responsabilidade do escultor Volker Schnuttgen e do arquitecto Rodrigo Dias.

“PERDURAR NA MEMÓRIA”

É um monumento que custou 35 mil euros e que para o pároco, Padre Arlindo deve perdurar na memória de todos os mamarrosenses. “É uma grande pena que as pessoas da Mamarrosa não tenham aderido e vindo assistir em grande número a esta inauguração”, desabafou o pároco antes de benzer o monumento. Já Fonseca Martins, presidente da Junta de Freguesia da Mamarosa, sublinhou que a população deve estar orgulhosa pelo monumento que resultou de um estudo bastante aprofundado do escultor.

“BEM À VISTA”

Por sua vez, Acílio Gala, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, explicou que a ideia surgiu após a leitura do livro “Mamarrosa Milenária”, de Armor Pires Mota. O edil reconheceu que teve alguma dificuldade em negociar os terrenos para a implantação da rotunda, mas que “agora a obra está bem à vista”, acrescentando que o trabalho acabou por ser da responsabilidade da Junta de Freguesia que arranjou o arquitecto responsável pelo projecto. Gala acrescentou ainda que a ideia foi mantida em segredo durante algum tempo, “para que não aparecesse alguém a tentar inviabilizar o projecto e ameaçar que só seria construído por cima do seu cadáver”.
“Não tenho dúvidas de que esta obra em muito dignifica a vila da Mamarrosa, mas tenho pena daqueles que disseram que a Mamarrosa não tinha capacidade para ser vila. Esta terra está com um elevado índice de construção”, referiu o autarca.
O presidente da câmara garantiu ainda que, durante o próximo ano, será inaugurada a nova sede da junta de freguesia que “será construída num espaço com grande dignidade e que ficará com uma área envolvente para a realização de festas”.

HISTÓRIA

Segundo Armor Pires Mota, no livro Mamarrosa Terra Milenária, a Mamarrosa é uma terra bastante antiga, milenária, local habitado por pré-Celtas e Celtas, há milhares de anos. Aliás, a sua raiz toponímica está ligada a monumentos, geralmente de grande dimensões, com uma forma circular alongada, que serviam de cemitérios, no período megalítico e que os historiadores situam entre o quarto e o quinto milénio antes de Cristo. Por vezes, esses monumentos serviam também de marcas de delimitação territorial de determinado grupo ou tribo. O seu tamanho ou monumentalidade estavam certamente relacionados com a sua importância.
Com a conquista da Península Ibérica pelos Romanos, estes baptizaram esses monumentos de mammulas pela semelhança que tinham com o seio da mulher. A referência em relação à localização da Mamora é concisa e aponta a localização do monumento megalítico (mamoa rasa) para a zona onde estava erigida uma ermida em honra de S. Romão. Possivelmente numa área onde foi construída uma capelinha pela a Junta de Freguesia, em 1991, para se manter a tradição.
Isto, é, segundo Armor Pires Mota, esse monumento ficaria, mais ou menos, nas imediações da estrada que tem o nome de S. Romão, mas que também é conhecida pela estrada da Rainha, o ponto mais lato do lugar, pelo que será de deduzir que os Celtas ou pré-Celtas viveram e deambularam no que é hoje o coração da Mamarrosa, entre a Fonte da Moura, a Rua de Baixo, Vale, Vale Maior e Seixal.
Ainda em 1282, a Mamarrosa se grafava como Mamoa Rasa.
Pedro Fontes da Costa


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