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13-10-2004

Peixes mortos denunciam descarga poluidora


Rio Cértima

O Rio Cértima, no concelho de Anadia, voltou a ser alvo de um crime ambiental. Na passada terça-feira, dia 5 de Outubro, populares residentes na povoação de Mogofores davam o alerta, por volta das 16 horas: uma descarga poluente voltava a matar nas águas do Cértima. Precisamente um ano após a última descarga poluidora, responsável pela morte de milhares de peixes, a matança atingiu, sobretudo, pequenos peixes que começavam agora a aparecer nesta águas que, durante longos meses, estiveram moribundas e sem vestígio de vida.

Infactores continuam impunes

“Mais um crime ambiental”, avançou a JB o autarca de Mogofores, Pedro Salgado que, há já vários anos, vem alertando para este problema que, esporadicamente, destrói a fauna que vive do Rio Cértima, entre os concelhos da Mealhada, Anadia e Oliveira do Bairro.
Aparentemente, o Rio Cértima, na verdade, voltou a ser alvo de mais uma descarga poluente (ilegal) que contaminou aquele curso de água numa extensão de vários quilómetros, entre os três concelhos bairradinos (Mealhada, Anadia e Oliveira do Bairro) até desaguar na Pateira de Fermentelos.
Um crime ecológico que matou os poucos peixes que restavam no rio ou que tentava renascer ou sobreviver a um atentado muito mais grave que ocorreu há precisamente um ano atrás e que levou então a brigada de ambiente da GNR e a DRAOT a intervir.
A verdade é que as águas do rio, outrora fartas em carpas, barbos, lagostins e enguias vêem sendo, há anos, alvo do mais variado tipo de descargas ilegais que aniquilam qualquer forma de vida piscícola que teima em sobreviver neste meio tão poluído.
A JB Pedro Salgado, autarca de Mogofores, indignado e revoltado com a repetição sistemática destes atentados contra o meio ambiente, admite que, à semelhança de anos anteriores, a origem do problema pode não residir no concelho de Anadia, mas, sim, na zona da Mealhada. “Fomos até à Curia e as àguas já vinham escuras lá do lado da Mealhada”, diz lamentando ainda que as entidades responsáveis, nomeadamente Governo Civil de Aveiro, Direcção Regional de Ambiente do Centro e DRAOT não resolvam o problema de uma vez por todas.
Mais uma vez, as águas de cor negra e com vestígios de óleo ou gasóleo regressaram ao Cértima que, impotente, vê repetir-se nas suas águas a mesma tragédia de anos anteriores. Para o autarca, já habituado a ver o mesmo cenário repetir-se vezes sem conta não restam dúvidas quanto aos infractores: “trata-se de pessoas sem o mínimo de escrúpulos e respeito pelo meio ambiente”.
Chocado com o triste cenário, avançou mesmo ao nosso jornal que “é uma pena até porque já se começavam a ver novamente peixes num rio que outrora corria límpido e que durante tantas décadas sustentou e matou a fome a tantas pessoas da região”.
Pedro Salgado não percebe também “por que razão somos sempre nós, em Mogofores, a dar o alerta e a preocuparmo-nos com esta situação, quando o rio até atravessa outras freguesias. Será que mais ninguém se interessa por ele?”
“Um espectáculo desolador e que acaba sempre “em águas de bacalhau” com os infractores a continuarem impunes”, acrescentou.

PELA CALADA DA NOITE

Uma coisa é certa: os agentes poluidores aproveitam os fins de semana, feriados e a calada da noite para proceder a estes atentados contra a natureza até porque sabem que durante estes períodos a fiscalização é quase inexistente.
A JB o vereador Jorge Sampaio, da Câmara Municipal de Anadia confirmou ao nosso jornal que a autarquia, assim que foi alertada, entrou, de imediato, em contacto com o Ministério do Ambiente que, neste momento, procede a averiguações, acrescentando ainda que “os fiscais estão no terreno e irá agir-se em conformidade com a Lei”.
Apesar dos esforços não conseguimos obter qualquer esclarecimento por parte da DRAOT (Direcção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território) – Sub Região de Aveiro, assim como não conseguimos qualquer esclarecimento por parte da DRAOT-Coimbra.

Catarina Cerca

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