domingo, 2 de Novembro de 2025  18:53
PESQUISAR 
LÍNGUA  

Portal D'Aveiro

Inovasis Prescrição eletrónica (PEM), Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), Gestão de Clínicas Inovasis

Inovanet


RECEITA SUGESTÃO

Ovos no Forno

Ovos no Forno

Coza os ovos em água temperada com sal, durante 10 minutos. Ao mesmo tempo, prepare os espinafres com queijo. ...
» ver mais receitas


NOTÍCIAS

imprimir resumo
19-06-2017

Eduardo Rebelo defende luto especializado para familiares de vítimas de Pedrógão.



José Eduardo Rebelo, coordenador do Observatório do Luto em Portugal, analisa a tragédia em Pedrógão Grande e defende a “necessidade do apoio ao luto especializado”.

O responsável pela criação do Espaço do Luto escreve sobre a tragédia e a forma como as entidades devem abordar as famílias.

“O país encontra-se em choque com as perdas de vidas humanas causadas pelos incêndios em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró do Vinhos. A dimensão da tragédia é avassaladora, pelo número de vítimas mortais e de danos materiais verificados.

As populações afetadas encontram-se numa aflição pungente, atónitas e desassossegas com a insegurança afetiva provocada pela privação dos entes queridos e pelo receio quanto ao presente e ao futuro, motivado pelos danos ocorridos nos seus bens, eventualmente no próprio lar.

O apoio às pessoas que perderam entes queridos é, na vivência inicial do choque, em que prevalece a negação pela surpresa da morte e o torpor pela repulsa da tragédia sucedida, deve ser de conceder um espaço seguro para que tomem consciência da realidade.

Facultar o acesso ao corpo dos familiares mortos, acercar dos próximos, auxiliar nas tarefas práticasd e subsistência, possibilitar a expressão de sentimentos e dar respostas verdadeiras, simples, sintéticas e calorosas a todas as questões colocadas pelo enlutado são os passos necessários para um começo sadio do processo do luto.

A vivência global do choque decorre, em regra, num período curto, durante as exéquias, eventualmente um pouco mais, tendo em consideração os lutos múltiplos por perda de vários familiares e de bens.

Correspondendo ao momento em que os enlutados deixam cair as suas barreiras de defesa, até cerca de um mês após a perda, o luto assume uma nova dimensão, de vivências globais de descrença e reconhecimento, sendo necessário um outro acompanhamento.

O apoio ao luto, a partir do choque, deve ser auxiliado por Conselheiros do Luto, em sessões de apoio pessoal e familiar e em grupos de partilha, num tempo prolongado, para proporcionar o acompanhamento adequado aos indivíduos e às comunidades afetados pelas perdas.

Portugal já dispõe de sete de dezenas de Conselheiros do Luto, muitos deles a colaborar com a APELO–Associação do Apoio à Pessoa em Luto, especializados no apoio ao luto de pessoas, famílias e comunidades.

Após a resolução das problemáticas emergentes da tragédia, quando os enlutados necessitam de se virar para si próprios e para a adversidade e o sofrimento pessoal, as instituições oficiais de segurança social e as autarquias devem congregar esforços para facilitarem um plano de apoio comunitário ao luto, continuado ao longo de vários anos, dado ser este um problema de saúde pública”.


ACESSO

» Webmail
» Definir como página inicial

Publicidade

TEMPO EM AVEIRO


Inovanet
INOVAgest ®