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20-07-2005

Escritor Arsénio Mota venceu Prémio Literário Carlos de Oliveira


Cantanhede

Quase Tudo Nada, do escritor Arsénio Mota, foi o título vencedor da primeira edição do Prémio Literário Carlos de Oliveira, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Cantanhede e o Centro de Estudos Carlos de Oliveira.

Em decisão tomada por unanimidade, o júri fundamentou a atribuição do prémio referindo “a elevada qualidade da obra, bem como a universalidade da temática abordada”.

Dos 11 concorrentes que se apresentaram a concurso, foram ainda distinguidos com menções honrosas João Carlos Costa da Cruz, residente em Febres, e Emília Ferreira, residente na Caparica, autores de Parede de Adobo e Visões do Azul, respectivamente.

O Prémio Literário Carlos de Oliveira foi instituído pela Câmara Municipal de Cantanhede e o Centro de Estudos Carlos de Oliveira para estimular a criação literária em torno das referências socioculturais da Região da Gândara, prestando um justo e merecido tributo a um dos mais importantes escritores portugueses do Século XX, como reconhecimento de que a sua narrativa poética e ficcional possui uma dimensão estética e um valor comunicativo que contribui para projectar a essência da identidade gandaresa.

Conforme consta do regulamento, o concurso admitia a participação de todos os escritores de qualquer dos Países de Língua Oficial Portuguesa com obras em prosa narrativa inédita.

O júri foi constituído pelo vereador do Pelouro da Cultura, João Moura, na qualidade de presidente, a professora Doutora Ana Paula Arnaut, em representação da Universidade de Coimbra, Idalécio Cação, em representação do Centro de Estudos Carlos de Oliveira, e o Dr. Luís Serrano, personalidade do meio literário especialmente convidada pelas entidades promotoras do Prémio Literário.

O valor do Prémio Literário Carlos de Oliveira é de 5.000,00 €, que vai ser entregue ao vencedor da primeira edição na cerimónia solene das Comemorações do Feriado Municipal, no próximo dia 25 de Julho, ficando assegurada, nos termos do regulamento, a publicação da obra premiada.

Arsénio Mota

Sobre Arsénio Mota o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998, refere o seguinte: “jornalista, cronista, contista, poeta, ensaísta, tradutor e editor de livros. Exerceu a actividade de jornalista no Jornal de Notícias, do Porto, onde reside. Iniciou a sua carreira literária em 1955 com um livro de crónicas. Tentou também o conto, e justamente no livro de contos “Besouro na Floresta” (1962) é referido que "um tema dominante se articula de título para título, do começo ao fim - o das frustrações do amor", glosando o erotismo juvenil de necessidade que se coadunava com a moral repressiva da época. Sem nunca ter abandonado a crónica, viria nos últimos anos a inflectir para a área da literatura infanto-juvenil, tendo a narrativa “Os Segredos do Subterrâneo” ganho o prémio instituído no âmbito do Ano Internacional da Juventude (1985).

Organizou antologias, colaborou em diversas obras de autoria colectiva e prefaciou obras de outros autores.

Traduziu Julen Agirre, Leonid Andreev, Blasco Ibañez, Ivan Illich, Lenine, Andrés Lizarraga, Pablo Neruda, entre outros. Dirigiu de parceria com o Prof. Manuel Ferreira (1961-1965) o suplemento mensal dos jornais “Independência de Águeda” e “Litoral”, "Independência Literária". Coordenou (1986-1987) os Cadernos de Jornalismo, do Centro de Formação de Jornalistas, e dirigiu (1991-1993) "Terra Verde", suplemento do “Jornal da Bairrada”. Fundou e dirigiu no Porto a editora da "margem" Razão Actual, "responsável" pela divulgação, em Portugal, no princípio dos anos setenta, de alguns importantes escritores galegos.

É presidente da Direcção da Associação de Jornalistas e Escritores da Bairrada desde a sua fundação na Anadia, em 1990. Sócio da Associação Portuguesa de Escritores, da Sociedade Portuguesa de Autores, da Sociedade da Língua Portuguesa e da Secção Portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People). Tem vasta colaboração dispersa por jornais e revistas. Usou o pseudónimo Arsénio de Bustos”.

Câmara Municipal adquiriu a casa onde viveu Carlos de Oliveira

Entretanto, a Câmara Municipal já adquiriu a casa em que viveu durante muitos anos Carlos de Oliveira, local onde o escritor escreveu alguns dos seus livros mais emblemáticos, num edifício situado na Rua Conselheiro Costa Soares, em Febres.

Chegaram assim a bom termo as negociações que a autarquia mantinha desde há algum tempo com o actual proprietário do imóvel, Fernando Santos, médico e homem de letras com diversos livros publicados, e profundo conhecedor da obra literária de Carlos de Oliveira, de quem aliás era amigo.

O gabinete de arquitectura da Câmara Municipal vai, agora, elaborar um projecto para que se proceda à adaptação da casa para desenvolvimento de actividades em torno da vida e obra do escritor, bem como da Região da Gândara, espaço fundamental na sua narrativa.

Correspondendo ao pedido expresso da viúva de Carlos de Oliveira, Ângela de Oliveira, que se disponibilizou a ceder elementos do espólio do escritor, como objectos pessoais, textos manuscritos e provas tipográficas por si corrigidas, a autarquia propõe-se constituir um Conselho Literário, que terá como funções coordenar e dinamizar a actividade do novo equipamento cultural e para o qual vão ser convidadas diversas personalidades do meio literário e intelectual português.


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