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04-05-2006

Espantou muita esquerda, incomodou alguma direita


Editorial - Discursos

O Presidente da República Cavaco Silva fez um discurso nas comemorações do 25 de Abril que, pelos vistos, surpreendeu toda a gente. Espantou muita esquerda, incomodou alguma direita, fintou os comentadores políticos e desgostou os meios de comunicação social que esperavam querelas bacocas e prosaicas no primeiro discurso de Cavaco Silva, após a sua posse. Estes últimos, até quase que fizeram, por antecipação, uma espécie de quadro de apostas sobre os temas a tratar pelo PR e escrevinharam todo o tipo de adivinhações sobre as quais agora, depois de frustrados nas suas predições, não se atrevam a desdizê-las ou sequer a comentá-las. Têm essa vantagem.

Eu prefiro reflectir sobre factos e por isso li com atenção essas prédicas bem como o discurso do Presidente da Republica.

Cavaco Silva preferiu não reflectir “sobre o que desejamos do nosso sistema político, o que esperamos do papel e do funcionamento dos partidos” ou sobre “o que é exigível do comportamento dos eleitos e demais agentes políticos”, etc?

Cavaco Silva pensou ser mais útil “lançar um olhar sobre a nossa sociedade” e rever e confrontar o Portugal de hoje com os sonhos e as promessas daqueles dias de Abril de 74 e sobretudo os ideais frustrados de mais justiça social, da “construção de uma sociedade mais justa e equilibrada, em que os benefícios do desenvolvimento contemplassem todos.”

E fez bem.

Os portugueses estão fartos de querelas políticas sem sentido, que não levam a nada, mas sobretudo que desfocam o interesse do país daquilo que é realmente importante e necessário. E, por isso, o discurso de Cavaco Silva é importante para fazer pensar e para unir os portugueses à volta de temas que todos, da direita à esquerda, reconhecemos, mas que persistimos em olhar como nos acidentes de automóvel “só acontece aos outros”.

Não é assim. A justiça social, a desagregação do mundo rural, o despovoamento do interior, o aparecimento de bolsas de pobreza e de exclusão nas cidades, o desenraizamento das comunidades são problemas que não sendo novos, se estão a agudizar no Portugal de hoje.

Se adicionarmos a isto uma crise de valores familiares, que é uma praga do nosso tempo e a mania aberrante que, a economia tudo resolve, perceberemos rapidamente o quão importante é a solidariedade e a necessidade de todos nos unirmos em torno de causas mesmos prosaicas como as lutas políticas e os factos mediáticos do nosso tempo.

Por isso o discurso do Prof Cavaco Silva foi tão importante. Porque recentrou, pelo menos durante uns dias, o debate em coisas que são, de facto, decisivas para a nossa Nação. Foi interessante por isso verificar o nível de consenso que estas palavras presidenciais reuniram em sindicalistas, patrões, políticos e na sociedade em geral.

O discurso na Internet : http://www.presidencia.pt/?id_categoria=22&id_item=278

António Granjeia*
*Administrador do Jornal da Bairrada


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