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28-06-2006

Os festejos servem para aumentar o nosso ego colectivo


Editorial - A Saúde dos Portugueses

Para além das alegrias, dos festejos e carreira da selecção de futebol, o país continua a viver e a existir, sofrendo das mesmas angústias de sempre, dos mesmos problemas de sábado passado, das mesmas frustrações que o dia de hoje nos faz relembrar.

Mas, mesmo assim, existem razões para festejar com a equipa de futebol.

Os festejos servem para aumentar o nosso ego colectivo, mas, sobretudo, deviam servir para nos dar ânimo e coragem para resolver duma vez os nossos problemas como Nação.

Um desses problemas é a saúde de todos nós. A gestão é coordenada por um super ministério, demasiado grande para ser eficaz e agora governado por um ministro cheio de poder. Mas, para os portugueses a sua saúde é bem mais do que um problema de gestão do ministro; é uma angústia de todos os dias, de todas as horas. As longas listas de espera, as consultas todas marcadas para a mesma hora nos centros de saúde, o inferno das urgências, etc?

Claro que o ministro não tem a culpa toda nem é o responsável pelo actual estado da arte sanitária portuguesa. Era uma injustiça assim pensar. Mas foi este ministro que resolveu iniciar o seu mandato a prometer baixar os medicamentos, a terminar com os interesses corporativos, com as interferências do lobbies, com a racionalização dos meios. Quase um ano depois vemos que tem uma visão maniqueísta e redutora da situação encontrada. Dois pequenos exemplos:

Primeiro, a principal promessa do ministro deu recentemente numa contraditória confrontação de relatórios sobre o assunto. Ambos patrocinados por dinheiros públicos conseguiram dizer, sobre o mesmo assunto, (se o preço dos ditos aumentou ou diminuiu ao fim de seis meses) duas coisas completamente diferentes. O Ministro, acusando uma falta de capacidade de encaixe, tomou partido daquele que lhe dava jeito, em vez de promover o encontro dos dados em que ambos se basearam e chegar à exactidão dos números.

Segundo; a confusão do fecho das maternidades dará, não tarda, um excelente guião para a próxima telenovela da TVI, dados os ingredientes em que tem marinado. Percebe-se que a gestão dos meios aconselhem o fecho de maternidades próximas umas das outras. Entende-se que os relatórios médicos aconselhem um número mínimo de nascimentos para a certificação de qualidade dessas unidades. Não se compreende, no entanto, que a submissão aos números justifique o nascimento de portugueses em Espanha e compre uma guerra com as autarquias e as populações. Governar não é impor por que se quer, é mudar, convencendo as pessoas de que é melhor desta ou daquela forma. E o Ministro nem sequer estudou bem o dossier, como o infeliz falecimento do segundo parto em terras espanholas veio realçar.

O ministro para além de tudo não percebeu que é mais simples deslocar alguns médicos do que centenas de grávidas.

António Granjeia*
*Administrador do Jornal da Bairrada


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