"O PCP opõe-se frontalmente a esta decisão, considerando-a particularmente gravosa por não ter em conta as reais necessidades das populações do concelho - designadamente as mais desfavorecidas", sublinha o partido em comunicado.

O PCP responsabiliza ainda o Governo por eventuais "consequências para a saúde e mesmo para a vida de utentes, para quem este primeiro socorro poderia ser vital".

Na nota, o partido adianta que vai indagar junto do Governo quais as reais razões para esta decisão e apela à população da Mealhada "para que faça sentir o seu protesto".

"Esta atitude, que está inserida numa política de destruição dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, é ainda reveladora da postura arrogante do 'quero, posso e mando' que se instalou no Governo, não tendo em conta as opiniões das populações e designadamente da Assembleia Municipal, que aprovou uma moção rejeitando tal possibilidade", sublinha.

A estrutura desafia ainda a Câmara da Mealhada a esclarecer a sua posição sobre a matéria e a assumir "uma posição enérgica, opondo- se a esta medida e mobilizando a população para o efeito".

Por outro lado, a comissão concelhia do PCP anuncia que, de forma simbólica, se desloca quarta-feira, pelas 14:30, ao centro de saúde da Mealhada, para inscrever no Livro de Reclamações o seu protesto e oposição ao encerramento do SAP.

A Administração Regional de Saúde do Centro anunciou segunda- feira o encerramento, a partir de sábado, dos SAP dos centros de saúde da Mealhada (distrito de Aveiro), Lousã, Penela e Miranda do Corvo (Coimbra).