Para o vereador socialista Marques Pereira, que vai apresentar a proposta na reunião de câmara do dia 18, a criação de um julgado de paz "será uma mais valia para o concelho, de cunho municipalista, pela simplicidade e celeridade de procedimentos".

"Cumpre às autarquias propor a criação no quadro do alargamento dos julgados de paz e Aveiro não pode deixar passar essa oportunidade", declarou o vereador do PS.

Na proposta, Marques Pereira indica três localizações alternativas: o antigo convento das Carmelitas, o edifício da Segurança Social ou a Casa Municipal da Cultura.

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, reagiu à proposta da oposição, considerando-a extemporânea, uma vez que já encetou diligências nesse sentido.

"É deste tipo de colaboração que precisamos. A proposta é excelente, mas vem atrasada largos meses porque já tivemos oportunidade de expor ao ministro da Justiça a necessidade desse serviço, no âmbito do processo para a criação do Campus da Justiça e do Tribunal Administrativo e Fiscal", reivindicou Élio Maia.

Marques Pereira estranha que só agora o presidente diga que tinha feito a proposta, já que "nunca agendou o assunto para reunião de câmara, nem informou os vereadores".

Em todo o caso, o vereador do PS reiterou a proposta e entregou um "dossier" para agendar o assunto porque "se estiver dependente do Campus da Justiça, que nem o primeiro tijolo tem, nunca mais se faz".