O concerto é dedicado "às duas gigantescas figuras do chamado 'Classicismo Vienense', Joseph Haydn e Wolfgang Amadeus Mozart, centrando-se nos Trios para instrumento de tecla e cordas".

"Os dois Trios de Haydn - assinala Mário Trilha em nota sobre o concerto - datam do início da década de 1760 e são ainda claramente para o Cravo, tendo no entanto o violino um protagonismo de igual importância ao do instrumento de tecla".

Já o papel do violoncelo, diz ainda o cravista, é "algo secundário", porquanto, "embora contribua com a beleza do seu timbre, não tem uma linha independente, sendo um dobramento 'ipsis literis' da linha de mão esquerda do cravo".

De acordo com o mesmo músico, o Trio de Mozart data de 1788, e nele "a igualdade da importância dos instrumentos é magistralmente conseguida".

Mário Marques Trilha concluiu em 1999 o Mestrado em performance de Cravo, orientado por Christine Daxelhofer, na Staatliche Hochschule für Musik Karlsruhe (Alemanha).

Em 2003 finalizou os seus estudos de cravo e baixo contínuo, sob orientação de J¸rg-Andreas B¸tticher, e clavicórdio com Jean-Claude Zehnder na Schola Cantorum Basiliensis, Escola Superior de Música Antiga de Basileia, Suíça.

Tem realizado vários recitais a solo e com diversas orquestras e ensembles no Brasil, Portugal, Alemanha, França e Suíça.

Actualmente realiza um Doutoramento em Música na Universidade de Aveiro, sendo bolseiro da Fundação Ciência e Tecnologia.

No violino vai estar Eliseu Antunes, natural do Porto, onde completou a licenciatura de Violino com a classificação de 20 valores, sob orientação do Professor Radu Ungureanu.

No seu percurso musical obteve vários prémios a nível nacional e internacional e foi membro da Gustav Mahler Jugend Orchester (GMJO), dirigida pelos maestros Pierre Boulez e Christopher Muller.

O francês François Quénot será o executante de Violoncelo, instrumento em que se iniciou aos 16 anos, orientado por Hélène Desoeuvres em Fontainebleau, tendo prosseguido o estudo deste instrumento com Hélène Silici em Paris.

Durante os seus estudos trabalhou sobre a orientação do maestro Martin Gester e da violonista barroca Stéphanie Pfister, dedicando-se à performance da música antiga em formação camerística.