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23-05-2007

Os verões de 2003 e 2005 foram terríficos para as florestas


Editorial - Os fogos que nos têm consumido

Já uma vez escrevi sobre este tema e confesso que, como não percebo nada de combates a incêndios, de bombeiros e assuntos afins, tenho, por essa razão, evitado opinar sobre tais temas.

Contudo, a premência do tema e a quase inevitabilidade trágica com que os governos têm analisado este assunto, ano após ano, fazem-me pensar e reflectir na semana em que começa a chamada fase bravo.

Os verões de 2003 e 2005 foram terríficos para as florestas de Portugal, para as populações e para os bombeiros. Mesmo a estatística, em que os governos confiaram, para depois de 2003 acharem que não haveriam anos “horribilis” como 2003, ficou para trás.

Escrevia-se na altura num tal livro branco “Uma catástrofe semelhante, ainda que se repita de futuro, a excepcionalmente forte e longa vaga de calor que atingiu Portugal e grande parte da Europa, não pode repetir-se nunca mais.” (pág. 4).

Como o leitor, infelizmente, se recorda apenas passaram dois anos até ao inferno de 2005.Esperemos que não seja nos anos ímpares.

Após as tragédias deitaram-se contas à vida e em 2003 fez-se um livro branco, mudaram -se chefias, contrataram-se mais e melhores meios aéreos.

Em 2005, o flagelo repetiu-se com idêntica violência.

Em 2006, o ano foi mais calmo, mas interrogo-me se se terá dado tempo para aquilo que os portugueses reclamam dos governos.

Não sei como será 2007, mas espero sinceramente, para o bem de Portugal, que o verão seja mais ameno e calmo para descanso de todos e particularmente dos bombeiros.

O Governo, liderado na Administração Interna por António Costa diz que fez o trabalho de casa. Apostou nos Grupos de Intervenção de Prevenção e Socorro (GIPS) da GNR, nos meios de prevenção locais e no reforço de meios aéreos.

Tenho alguma fé na capacidade destes grupos de intervenção rápida. Provaram-no no ano passado e foram idealizados à imagem de grupos idênticos chilenos que tiveram êxito na América latina.

A já confirmada saída do líder do Ministério da Administração Interna para a Câmara Municipal de Lisboa, apenas para segurar as pontas políticas, é um péssimo prenúncio para a gestão deste ano. António Costa mudou qualquer coisa na preparação dos fogos e é, em minha opinião, mau que saia numa altura em que a liderança é necessária. Por muita boa vontade que tenha ex-juiz, ex-secreta, ex-qualquer coisa que o PS precisa, vai demorar algum tempo a ajustar a chefia e entrosar-se com os chefes nomeados pelo seu antecessor.

A ver vamos, como corre o ano, até porque há quem diga (como o afirmou reportagem na SIC em 2005) que existe um negócio de milhões à volta deste assunto.

António Granjeia*
*director do Jornal da Bairrada


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