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20-08-2009

Agricultores fazem contas e dizem perder muito dinheiro com as sementeiras


Batata de Vagos já serve para adubar as terras

Os produtores de batata do concelho de Vagos estão fartos de fazer "contas à vida". E por mais voltas que dêem, chegam sempre à mesma conclusão: perderam dinheiro com a sementeira. Alguns até querem abandonar a actividade, convictos de que "é melhor parar quanto antes".

Rogério Pereira e Silvino Tomás não se importam de dar a cara pela mesma causa. Infelizmente. O Rogério já refez as contas e considera que "assim não vale a pena". Só o saco da semente custa 25 euros, o adubo 17 mas já chegou a custar 20. Na relação de custos, de que não faz parte o "trabalho árduo" nas horas da canícula, acrescenta o valor da sulfatagem e a apanha do tubérculo.

Quanto a Silvino Tomás, é agricultor na Gafanha da Boa Hora, onde também produz hortícolas. Mostra-se desiludido com o "estado actual" do sector, e garante que já não deve colher as batatas, que semeou nos quatro hectares de terreno de que é proprietário.

As contas do Silvino são outras, e para além dos factores de produção, fala no desgaste das máquinas e no consumo do combustível. Se fossem comercializadas as cerca de 80 toneladas que tinha para apanhar, acabaria por perder "muito dinheiro". Assim sendo, é preferível "passar o tractor na terra e terminar com a produção".

Segundo o presidente da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro (ALDA), Albino Silva, a culpa fica a dever-se à falta de intervenção do Ministério da Agricultura. "O Governo não pode fechar os olhos, tem de intervir de forma a proteger quem trabalha", sustenta Albino Silva, confirmando que "comprar a cinco cêntimos para depois vender a 50 ou 60 é um roubo".

De resto, Portugal tem sido, desde sempre, auto-suficiente em batata. E não precisa, diz aquele dirigente, de ser invadido todos os anos com a produção de outros países, que considera de "qualidade duvidosa".

A solução, como tem defendido aquela associação da lavoura, passa pela necessidade de "ser primeiramente escoado o produto nacional". A importação, essa viria mais tarde, se tal fosse considerado necessário. "Ganhávamos todos, o país e os produtores", garante Albino Silva, para quem o cultivo da batata "assume grande importância na estrutura e economia das explorações agrícolas".

Eduardo Jaques/Colaborador


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